General tomou posse em cerimônia pela internet

O general Joaquim Silva e Luna é o novo presidente da Petrobrás, em substituição a Roberto Castello Branco. Ele tomou posse, oficialmente ontem (19), em cerimônia transmitida pela internet.
Em sua posse, Silva e Luna fez um discurso rápido e objetivo, deu algumas indicações de como será sua gestão e demonstrou valorizar a força de trabalho da companhia.

Também tomaram posse os diretores executivos Rodrigo Araújo Alves, na Diretoria de Finanças e de Relacionamento com Investidores; Cláudio Rogério Linassi Mastella, Diretoria de Comercialização e Logística; Fernando Assumpção Borges, Diretoria de Exploração e Produção; João Henrique Rittershaussen, Diretoria de Desenvolvimento da Produção e Rodrigo Costa Lima e Silva, Diretoria de Refino e Gás Natural – esse último, eleito na reunião de 26 de janeiro. Aos indicados acima, que são profissionais de carreira, dei voto favorável.


Foram reconduzidos aos seus cargos Nicolás Simone, como diretor executivo de Transformação Digital e Inovação, e Roberto Furian Ardenghy, diretor executivo de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade. O diretor executivo de Governança e Conformidade, eleito em 24 de março, Salvador Dahan, assumirá posteriormente, por questões de logística. Votei contrário à indicação do presidente e dos diretores acima citados.

O fator comum, mas não único, para minha reprovação dos indicados acima está calcado no fato de que na gestão Castello Branco e Cláudio Costa houve um abuso na nomeação de gerentes de topo (DE e GE), recrutados fora dos quadros da companhia, tangenciando o elevado limite de 40% admitido pelo TCU, em caráter excepcional e transitório.

A mesma gestão Castello Branco e Cláudio Costa, que fechou o diálogo com os trabalhadores e suas representações, descumpriu acordos, coagiu, assediou e retirou direitos históricos, além de promover brutal redução do quadro de funcionários através de programas de demissão voluntária e demissões em massa como no caso da Fafen Paraná (Ansa).

Tenho a convicção de que a nossa luta, enquanto trabalhadoras e trabalhadores, que primo por representar no Conselho de Administração, não terá tréguas sob a conjuntura política que vivemos, ainda com a renovação do comando da companhia. Mas também tenho a esperança e certeza de que com o novo presidente, General Joaquim Silva e Luna, o diálogo entre a gestão e os trabalhadores se restabelecerá. E isso é fundamental para resgatarmos o respeito mútuo e avançarmos na construção de uma relação de transparência e confiança, indispensáveis em qualquer sociedade civilizada e em qualquer companhia.