O petróleo está acabando?!

O terror criado sobre o fim do petróleo é tão antigo quanto seu refinamento e frequentemente volta como uma nuvem pairando a cabeça de muitos que caem no mito de que não vale a pena mais investir na prospecção deste combustível fóssil uma vez que ele estaria se esgotando nos próximos anos.

Em 1874, um geólogo da Pensilvânia, que na época concentrava a produção do óleo dos Estados Unidos, estimou que só haveria reservas para abastecer as lâmpadas de querosene por mais quatro anos. De 1874 até hoje, o estoque de petróleo cresceu algumas centenas de vezes.

 

Isso porque, embora existam algumas tentativas de prever uma data para o esgotamento do petróleo, podemos falar que nosso planeta é grande o bastante para que seja possível a descoberta de mais combustível fóssil. A própria descoberta do pré-sal, anunciada em 2006, representa um volume imenso de petróleo de alta qualidade e com baixo teor de enxofre, descoberto na história recente.
Certo é que o petróleo é um recurso não renovável, portanto esgotável, mas quando se esgotará ainda é incerto, por dois fatores determinantes: a capacidade de descobrir novas reservas, e o comportamento da demanda, não apenas como fonte de energia, mas também como insumo para a indústria petroquímica e de fertilizantes.

 

Enquanto fonte de energia, não há como desconsiderar as pressões sociais para a transição energética e, nesse sentido, a demanda estará também subordinada cada vez mais à decisão política dos países em relação ao tema e aos acordos internacionais, bem como à capacidade tecnológica e industrial para efetivar tais mudanças.