Fez um ano neste mês de dezembro que a Refinaria Landulpho Alves, a Rlam, foi privatizada. E esse tempo foi mais que suficiente pra confirmar aquilo que a gente já vem alertando: a privatização não é a solução para o alto custo dos combustíveis. Ao contrário, esse processo facilita a criação de monopólios regionais, que resultam no aumento dos preços e no custo de vida, impactando a inflação e o bolso da população brasileira.
Um estudo apresentado pelo Observatório Social do Petróleo deixa evidente esse cenário. O levantamento mostra que em 12 meses sob gestão privada, a refinaria baiana vendeu gasolina a um preço, em média, 6,2% mais caro do que o cobrado pela Petrobrás. Em relação ao diesel S-10, o valor ficou 2,6% acima da média da estatal.
Os dados indicam ainda que a Acelen, gestora da Refinaria de Mataripe, manteve os preços herdados da Petrobrás somente no primeiro mês de administração, aumentando, a partir de então, para valores acima do PPI (Preço de Paridade de Importação), política de cálculo dos combustíveis definida pelo governo para a Petrobrás.
O levantamento também indica que a Refinaria de Manaus, Reman, que teve sua venda finalizada em 30 de novembro, deve seguir o mesmo caminho da refinaria da Bahia. No dia seguinte à conclusão do negócio com a Petrobrás, o preço do gás de cozinha produzido pela unidade manauara foi reajustado em 93 centavos por quilo. A Reman é a única produtora de gasolina no Norte do país, responsável pelo atendimento dos estados do Pará, Amapá, Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima.
Os fatos comprovam a cada dia que privatizar faz mal ao Brasil e defender a Petrobrás é defender o Brasil.
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