Tivemos reunião do Conselho de Administração da Petrobrás nesta quinta-feira (11/05) e aprovação do pagamento de distribuição de remuneração aos acionistas da companhia. O valor totaliza R$ 24,7 bilhões e, segundo comunicado da estatal, refere-se à antecipação relativa ao exercício de 2023, declarada com base no balanço de 31 de março passado (dividendos e juros sobre capital próprio intercalares). Eu não aprovei esse pagamento.
O motivo do meu voto contrário é que esse pagamento está baseado na ainda vigente política de dividendos, que reprovei. Além disso, é produto de um “Plano Estratégico” também reprovado por mim, em função do apequenamento da companhia que ele representa e seus parcos investimentos. Não aprovei porque nesse lucro ainda estão presentes resultados de privatizações, como de Albacora Leste, e a redução insana de custos que inclui enxugamento de efetivo e brutal terceirização, com indefensável precarização das relações de trabalho.
Adicionalmente, o CA determinou que a diretoria executiva elabore proposta de ajuste do planejamento estratégico em curso e aperfeiçoamento da Política de Remuneração aos Acionistas da Petrobrás, incluindo a possibilidade de recompra de ações, e submeta essas matérias para deliberação do CA antes do encerramento do mês de julho de 2023. Essa iniciativa eu aprovei e estimulei, inclusive solicitando a elaboração de um Plano Estratégico de fato, que olhe a Petrobrás em médio e longo prazos.
12 de maio de 202312 de maio de 2023
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