Petrobrás fecha 2023 com resultado magnífico, o segundo maior lucro da história da companhia

A Petrobrás fechou 2023 com um resultado financeiro maravilhoso. Depois de enfrentar anos de desinvestimentos e descapitalização, com pagamentos recorde de dividendos, a companhia obteve um lucro líquido de R$ 124,6 bilhões. Por mais que a grande imprensa tente depreciar esse resultado – em prol do mercado financeiro –, o fato é que esse foi o segundo maior lucro da história da Petrobrás. E isso é incontestável!

Na reunião da última sexta-feira (8), o Conselho de Administração decidiu não aprovar a distribuição de dividendos extraordinários, com meu voto favorável, e, como esperado, o mercado não reagiu bem à notícia. Esse encaminhamento, entretanto, visa a sustentabilidade a longo prazo da companhia.


A cautela é necessária pois é preciso robustecer o volume de investimentos nos próximos anos. Esses dividendos extras continuam guardados para serem distribuídos futuramente aos acionistas. É uma poupança, a garantia de segurança dos pagamentos em um momento mais delicado, que porventura possa surgir ao longo dos próximos anos.

A reserva de remuneração do capital, criada no ano passado, ao contrário do alarde da mídia em sintonia com o mercado e seus representantes, é prática das grandes empresas, inclusive nossas pares, que pagam muito, muito menos dividendos do que a Petrobrás. Levantamento realizado pela Aepet (Associação dos Engenheiros da Petrobrás) mostra a desproporção entre o volume de investimentos e de dividendos dos últimos anos, assim como entre a companhia e similares (https://aepet.org.br/artigo/direcao-da-petrobras-mantem-investimentos-baixos-e-dividendos-insustentavelmente-altos-em-2023/).

Como bem explicou o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, a conta reserva para remuneração de capital criada “é dividendo e vai ser pago como dividendo, mas a cronologia pode variar e diferir ao longo do ano por causa de um evento futuro que pode reduzir os dividendos. Mas quem está conosco no longo prazo sabe que esse dividendo vai estar ali para ele”.

De fato, depreciar o excelente resultado da Petrobrás e tratá-lo como se fosse uma notícia ruim e negativa é uma distorção desesperada da grande mídia a serviço do mercado “mimado”, que faz pirraça porque não levou o bolo inteiro. As fofocas e intrigas publicadas pelos grandes veículos de comunicação, infelizmente abastecidos por vazamentos seletivos, são nada mais do que tentativas de fabricar crises internas na Petrobrás e no governo Lula, assim como fizeram com a questão da Margem Equatorial Brasileira e nosso pedido de licença ambiental. A missão é desestabilizar este governo, desde sempre reprovado pelo mercado. Simples assim.

Não por acaso, o presidente Lula, em entrevista ontem (11) ao SBT, definiu o mercado financeiro como um “rinoceronte, um dinossauro voraz que quer tudo para ele e nada para o povo”.  Esse mercado foi mimado pelos governos anteriores que não pouparam a Petrobrás, as estatais, as empresas e instituições públicas, o Brasil e a sociedade da espoliação. Espoliação dos bens e do patrimônio do Estado Brasileiro, dos direitos trabalhistas e sociais do povo brasileiro, de sua dignidade. E o presidente Lula segue incansável nesse urgente e imprescindível resgate. Esse foi o projeto de Petrobrás e de Brasil eleito em 2022. E meu compromisso é com esse projeto.