A contaminação por tolueno da bacia do Rio Guapiaçu, em Guapimirim, na Baixada Fluminense, na semana passada, levantou dúvidas e suspeitas sobre quem seriam os culpados pela poluição. Houve, inclusive, quem acusasse a Petrobrás. As investigações continuam e a companhia esclareceu rapidamente que não tem responsabilidade sobre o ocorrido. Em comunicado à imprensa, informou que não há produção e nem circulação de tolueno em seus processos e instalações no estado do Rio de Janeiro.
O tolueno é um produto químico inflamável, incolor, volátil e de odor característico. É utilizado com frequência como matéria-prima de solventes orgânicos em colas e tintas, além de estar presente na borracha; colas e adesivos para ajudar a secar, dissolver e diluir outras substâncias; diluentes de tinta; limpadores de pincéis, esmaltes; removedores de manchas. É uma substância química que pode trazer graves problemas de saúde se inalada ou ingerida.
O produto foi detectado no trecho do manancial onde está localizada a captação que abastece as cidades de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Ilha de Paquetá. Para não haver risco de a população receber água contaminada, o fornecimento para esses municípios foi interrompido na quarta-feira (3) e normalizado somente na noite de sexta-feira (5), quando os testes indicavam que a água já estava em condições de consumo.
A Petrobrás afirmou, em nota, que assim que soube do problema “acionou sua estrutura organizacional de resposta e não identificou qualquer anormalidade na operação dos seus ativos”. A companhia acionou um grande efetivo de trabalhadores e equipamentos para dar suporte às operações de mitigação do acidente e reforçou que “permanece mobilizada na força tarefa em apoio às autoridades”.
Sobre a citação da mídia em relação ao oleoduto que poderia ser a origem do vazamento químico, a companhia explicou que essa tubulação nunca entrou em operação. Quanto às suspeitas dirigidas ao Polo Gaslub, indicando falta de mitigação do complexo, a Petrobrás garante que “obteve todas as licenças necessárias por parte de órgãos ambientais para sua instalação. Além disso, não há captação de água pelo Polo Gaslub, por empresas do sistema Petrobras, no sistema Imunana-Laranjal.”
Por fim, a companhia destaca “que atua de acordo com todas as normas e padrões ambientais vigentes, assim como é um valor para sua operação o respeito à vida, às pessoas e ao meio ambiente”.
A despeito de não ter responsabilidade no acidente que contaminou o sistema que abastece essa imensa população, a Petrobrás não hesitou em disponibilizar pessoal qualificado e toda a sorte de equipamentos para viabilizar a recuperação da qualidade da água e a retomada do abastecimento. Mais uma vez, a companhia atua com seu DNA de grande estatal brasileira e trabalha em prol da população e do meio ambiente.