Estatais controladas pela União distribuíram em 2023 cerca de R$ 630 bilhões ao país, aponta relatório oficial

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos divulgou, há poucos dias, importante levantamento sobre o desempenho das estatais brasileiras no primeiro ano do governo Lula, que desmistifica as narrativas privatistas construídas e disseminadas de que as estatais são deficitárias por definição. De acordo com o Relatório Agregado das Empresas Estatais Federais, que traça um panorama de ligação entre as atividades das 44 empresas controladas de forma direta pela União, a riqueza gerada pelas estatais em 2023 permitiu a distribuição de quase R$ 630 bilhões à sociedade.


O documento destaca que as estatais federais contribuíram com 5,75% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, no ano passado, ou seja, trouxeram recursos ao Tesouro Nacional, movimentaram a economia com a geração de empregos diretos e indiretos, garantiram ao país soberania em setores estratégicos onde atuam e prestaram serviços relevantes à população e ao país.
Juntas, essas empresas tiveram um lucro líquido de R$ 197,9 bilhões. O Banco do Brasil e a Caixa aumentaram significativamente seus lucros e a Petrobrás bateu recordes de produção, registrando o segundo maior resultado de sua história, apesar da queda na cotação do petróleo e sem privatizar nenhum patrimônio.
O relatório traz ainda vários exemplos da relevância das estatais e para a implementação das políticas públicas. Mais de 8 milhões de consultas e 123 mil cirurgias foram realizadas no ano pelas empresas estatais que administram hospitais. Mas não para por aí. O setor agropecuário recebeu benefícios econômicos de mais de R$ 80 bilhões em redução de custos e ganhos de produtividade ao utilizar tecnologias desenvolvidas pela Embrapa.
Fica muito claro no relatório, ao contrário do que setores nos tentam convencer, sem qualquer evidência, que as estatais federais são muito positivas para a economia e a sociedade brasileira. As empresas estatais, a depender do setor que atuam, devem gerar lucros, direcionando parte para investimentos e parte para seus acionistas. Entretanto, enquanto estatais, devem também cumprir sua função social e atuarem como agentes transformadores e das políticas públicas.
Definitivamente, as estatais são imprescindíveis para o desenvolvimento socioeconômico e tecnológico nacional, para garantir a soberania e segurança em setores estratégicos, bem como prestar serviços públicos de qualidade à sociedade.
Por isso, é preciso aprofundarmos o debate, não da privatização, mas sim dos setores onde as estatais são essenciais para o necessário retorno à população, com serviços e produtos de qualidade e a preços justos. Como fartamente demonstrado no relatório, as estatais são fundamentais e positivas e, como também fartamente demonstrado em nossa história recente: #privatizar faz mal ao Brasil.

Confira a notícia e o relatório completo no site do Ministério da Gestão: https://www.gov.br/gestao/pt-br/assuntos/noticias/2024/julho/relatorio-com-resultados-das-empresas-estatais-em-2023-e-apresentado-pelo-ministerio-da-gestao