Decisão da Petrobrás de retomar construção da UFN-3 é aprovada pelo Conselho de Administração

Poucos meses após anunciar a reativação da Ansa (Araucária Nitrogenados), no Paraná, a Petrobrás nos traz mais uma ótima notícia. A companhia iniciará as licitações para a conclusão da UFN-3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados), em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. A decisão foi aprovada pelo Conselho de Administração na sexta-feira (25) e, com isso, o novo Plano de Negócios e Gestão (PNG) deverá prever a verba para esta importante obra. O PNG 2025-2029 será divulgado neste mês de novembro.


Hibernada desde 2015, a UFN-3 passou por um criterioso processo de avaliações técnica e econômica, de acordo com a companhia. Essa análise teve início no ano passado, após a inclusão e aprovação pelo CA do retorno da Petrobrás ao segmento de fertilizantes.

A Petrobrás comunicou que dará início aos processos de contratação de empresas para retomada das obras da UFN-3, com previsão de iniciar a operação da planta em 2028. A unidade começou a ser construída em 2011 e suas obras foram paralisadas em dezembro de 2014, com cerca de 80% do empreendimento finalizado.

O projeto da UFN-3 prevê a produção anual de cerca de 70 mil toneladas de amônia e 1,2 milhão de toneladas de ureia. A amônia é matéria-prima para a produção de fertilizantes e petroquímicos, além de outros produtos agropecuários, e a ureia é o fertilizante nitrogenado mais utilizado no país, cuja demanda nacional é estimada em cerca de 7 milhões de toneladas para 2024, sendo integralmente importada atualmente. A fábrica de Três Lagoas é a maior da América Latina, tem uma localização estratégica, próxima aos principais mercados consumidores de amônia e ureia, e atenderá majoritariamente os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e São Paulo.

O retorno ao setor de fertilizantes é estratégico para a Petrobrás e para o nosso país. O setor é nobre na indústria de O&G, pois tem baixa pegada de carbono. É o caminho para reduzirmos significativamente a dependência da importação dos fertilizantes nitrogenados, que são cruciais para nossa segurança alimentar. Nosso país é um dos maiores exportadores de produtos do agronegócio, sendo a agricultura familiar e os pequenos agricultores as principais fontes de alimentação da população brasileira.