A PBio (Petrobras Biocombustível) finalmente foi retirada da lista de privatizações e volta a ser um dos pilares da estratégia de descarbonização da companhia. A Petrobrás anunciou, no início deste mês, o encerramento do processo de venda da sua subsidiária e, na semana passada, durante a Cúpula do G20, a assinatura de um acordo de cooperação técnica com o Banco do Brasil para identificar iniciativas voltadas à promoção de biocombustíveis e fontes de energia renovável.
São notícias animadoras para todo o Sistema Petrobrás e, em especial, às trabalhadoras e aos trabalhadores da PBio que muito sofreram com o processo de sucateamento e tentativa de sua privatização. A luta pela PBio foi longa, árdua e muito bonita, pois uniu trabalhadores, sindicatos e federações.
Em 2022, a sociedade elege outro projeto de Brasil e de Petrobrás, resgatando os sonhos de um país soberano e sustentável assim como a relevância da Petrobrás no desenvolvimento socioeconômico do país. Nessa nova visão estratégica, a reconstrução do Sistema Petrobrás entra em cena e o papel da PBio se torna ainda mais relevante para a descarbonização e diversificação energética. Os novos conselheiros da União, alinhados com a visão estratégica da companhia e cientes do papel da PBio, apoiaram a solicitação, minha e do presidente do CA, Pietro Mendes, de formalizar a retirada da empresa da lista de privatizações, anunciada no dia 6 de novembro.
A PBio foi fundada em 2008 e nasceu como o braço verde da Petrobrás. Atuante nos segmentos de produção de biocombustíveis e comercialização de enxofre, sempre desenvolveu trabalhos de pesquisa em parceria com o Cenpes (Centro de Pesquisa da Petrobrás). Passou ainda a ter participação em outras empresas do setor e se tornou uma das maiores produtoras de biodiesel do Brasil.
A subsidiária é um vetor de descarbonização da Petrobrás e, para além do desempenho financeiro, exerce importância social, promovendo a inclusão da agricultura familiar e cooperando com o desenvolvimento econômico de diversas regiões do país. A PBio investe em energia renovável e é estratégica para o desenvolvimento sustentável do Brasil.
O acordo com o BB vai permitir potencializar ainda mais a atuação da PBio, que conta com um corpo técnico altamente treinado e qualificado – enquanto o banco oferece as soluções de apoio e o aporte financeiro para a cadeira produtiva de biodiesel.
Para o BB, a assinatura deve contribuir para o compromisso brasileiro de alcançar as metas de sustentabilidade do setor energético e alinhadas com os objetivos globais para a transição para uma economia de baixo carbono. “Nos últimos dois anos somamos R$ 36 bilhões em captações externas para projetos de bioeconomia, transição energética e agricultura sustentável, por exemplo. São investimentos que transformam a vida de quem produz matérias-primas e insumos importantes para os mais diversos setores da economia. Tudo isso respeitando os nossos povos tradicionais e os biomas brasileiros”, disse a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.
O resgate da PBio faz parte da nossa luta pela reconstrução da Petrobrás: a Petrobrás do futuro e que o povo brasileiro merece ter.