Ministro apoia ampliação do refino da Petrobrás para garantir segurança energética nacional

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, deu uma declaração durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suiça, onde mencionou que o Brasil precisa de uma nova refinaria. A fala dividiu opiniões e foi considerada, por alguns críticos, como destoante da pauta de transição energética.

Silveira argumentou que ampliar a capacidade de refino da Petrobrás, que hoje conta com 11 refinarias próprias, significa garantir segurança nacional na oferta de energia à população. E destacou que o Brasil ainda é dependente da importação de gasolina e diesel: cerca de 20% a 30% do diesel e 5% da gasolina consumidos no país vêm de fora.
O discurso do ministro faz todo sentido. O Brasil é autossuficiente na produção de petróleo e, mais do que isso, é exportador. Mas não é autossuficiente no refino, tendo que importar derivados, como diesel e gasolina. Importante destacar que o Plano Estratégico 2050 e o PN 25-29 da Petrobrás contemplam, como direcionador estratégico, a autossuficiência em combustíveis.

Um estudo feito pelo Ministério de Minas e Energia mostrou que a capacidade de refino de petróleo do Brasil deve crescer 7% até 2032, mas que a maior demanda por combustíveis ainda vai manter as importações elevadas. Sim, porque a demanda por petróleo vai continuar existindo no planeta.

A evolução da humanidade e consequentes descobertas de novas fontes de energia, historicamente, nunca extinguiram as fontes já estabelecidas. O vetor resultante da transição é, como tem sido de fato, a diversificação energética, ampliando as alternativas que serão combinadas de acordo com as necessidades, as possibilidades e as características de cada região. A diversificação energética justa e inclusiva é necessária e urgente e a indústria de óleo e gás tem um papel relevante no seu desenvolvimento e financiamento.
Nesse sentido, repor as nossas reservas de petróleo, ampliar as reservas de gás e a capacidade do parque de refino da Petrobrás são medidas inquestionavelmente estratégicas para garantir nossa segurança e soberania energéticas, pilares de uma nação soberana. Se não o fizermos, seremos importadores não apenas de combustíveis, mas também de petróleo, condenando o Brasil a um desastre econômico e social. Reduzir a pobreza energética no país com segurança e respeito ao meio ambiente e às pessoas é a mais nobre missão que a Petrobrás desenvolve desde sua criação.