Desfecho dos poucos exemplos conhecidos de grandes petrolíferas privatizadas é muito didático

São poucos os casos conhecidos no mundo de grandes estatais produtoras de petróleo, assim como a Petrobrás, que se tornaram majoritariamente privadas. Uma matéria muito interessante da BBC News Brasil, publicada na semana passada, traz essa informação e revela ainda que a privatização de grandes empresas petrolíferas, na Rússia, Argentina e Reino Unido, por exemplo, trouxe consequências extremamente prejudiciais para o povo e o país.

Segundo a notícia, a Rússia colocou em prática um grande projeto de privatizações após o fim da União Soviética (URSS), com a desestatização do setor de gás e petróleo. E esse modelo “ajudou a criar um poderoso grupo de magnatas, os oligarcas russos, e a aprofundar a desigualdade no país”. Além disso, “o movimento de desestatização russo apenas transformou o monopólio do Estado em um monopólio privado.”

Na Argentina, a YPF, maior produtora de petróleo do país, foi privatizada em 1999 e reestatizada em 2012. Com a privatização, houve queda na produção petrolífera, obrigando a Argentina a gastar muito com importação de combustível, num momento em que o país sofria escassez de dólares devido à fuga de capitais. “Houve fuga sistemática de divisas sem reinvestimento para a exploração, tornando o modelo insustentável”, diz o texto. Isso sem falar da produção predatória denunciada à época.
No Reino Unido, a multinacional BP, desestatizada pela ex-primeira-ministra Margaret Thatcher, foi alvo de inúmeros processos judiciais, tanto por violações criminais quanto por violações a regulações civis. A empresa acumula uma série de graves e trágicas ocorrências, como as explosões, em 2005, de uma refinaria no Texas, matando 15 e ferindo cerca de 170 pessoas, e em 2010 de uma plataforma no Golfo do México, com 11 mortes. Durante os meses seguintes, quase 5 milhões de barris de petróleo foram despejados no oceano, no que é considerado o maior vazamento acidental de petróleo da história.

Os fatos são incontestáveis.

Outro fato relevante e não divulgado, é que mais de 80%, pra ser conservadora, das reservas de petróleo do planeta, estão nas mãos dos Estados, seja através de empresas estatais, que são as maiores empresas de gás e petróleo do mundo, seja via regulação da exploração e produção.
A Petrobrás, enquanto estatal, se consolidou como uma das maiores empresas de energia do planeta, como líder mundial na exploração e produção em águas profundas e ultra profundas, vencedora de vários prêmios internacionais e foi a descobridora da maior província petrolífera das últimas décadas, o pré-sal. Ao contrário de ser um problema para o Brasil, é uma empresa cobiçada por todos os seus concorrentes.

A Petrobrás não é do governo de plantão, não é do tamanho do pré-sal. A Petrobrás é do Estado brasileiro, de seu povo que a criou e agigantou. A Petrobrás é do tamanho do Brasil e de seu povo e a ele deve servir.

Resgatar a Petrobrás para o Brasil e reconduzi-la à sua função original e constitucional, de atender ao interesse público é a missão de cada e todo cidadão brasileiro.

#Defender a Petrobrás é defender o Brasil
#Privatizar faz mal ao Brasil