Indicado pelo atual presidente da Petrobrás, Paulo Palaia Sica foi aprovado pelo Conselho de Administração da empresa, nesta quarta-feira (21), como o novo Diretor Executivo de Transformação Digital e Inovação (DTDIT) da companhia. Ele assume o cargo em substituição a Juliano de Carvalho Dantas, cujo encerramento antecipado do mandato também foi aprovado pela maioria dos conselheiros, mas não com o meu voto. Nas duas deliberações, meu posicionamento foi contrário.
Paulo Palaia é Bacharel em Processamento de Dados pela Universidade Braz Cubas e possui aperfeiçoamento em Gestão Estratégica de TI pela UC Berkeley – Califórnia – EUA. Possui mais de 37 anos de carreira na área de Tecnologia da Informação e experiência em diversos segmentos do mercado, ocupando nos últimos 27 anos posições de liderança como principal executivo de tecnologia das instituições onde atuou.
Sua vasta experiência, entretanto, se concentra em uma parcela das atribuições da diretoria, deixando uma lacuna crítica no quesito Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), além de não atender a requisito legal e estatutário de título de pós-graduação.
A DTDIT é responsável não apenas pela tecnologia de informação e transformação digital, mas também pelo Cenpes (Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello), reconhecidamente um dos maiores e mais complexos centros de pesquisa aplicada à indústria de energia do mundo.
O Cenpes coordena e responde pela Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobrás, responsável pelos grandes avanços tecnológicos da companhia, que não apenas a consolidaram como uma das maiores empresas de energia do planeta como também a alçaram ao pódio do “Oscar da indústria de óleo e gás” incontáveis vezes.
Responder pelo Cenpes requer muito mais do que conhecimento de TI, fartamente comprovado pelo nomeado, mas fundamentalmente requer experiência e expertise na indústria de óleo e gás. Além disso, exige a compreensão da relevância e das particularidades da Pesquisa e Desenvolvimento na indústria de óleo, gás e energia, que são de longo prazo e não “produtizáveis”.
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