Na sexta-feira, dia 13 de agosto, a Bacia de Campos completou 44 anos de produção, feito muito comemorado nas redes sociais. Nesse domingo, recebi do meu amigo Vitor Carvalho um vídeo muito interessante que mostra o pioneirismo da Petrobrás na busca da independência energética no Brasil, destaque mundial em inovação tecnológica da produção offshore. (https://youtu.be/Uje1hj53zUo)
O vídeo apresenta as operações para produção antecipada no campo de Garoupa, primeira jazida descoberta na Bacia de Campos. Essa província petrolífera se tornou um polo de inovações em águas profundas e um gigantesco laboratório a céu aberto, que projetou a Petrobrás para o mundo e lançou as bases tecnológicas para a descoberta do pré-sal.
Era início da década de 70, durante o que chamam de “segundo choque de alta do petróleo” (1973), quando a Opep eleva o preço em mais de 400%. Preocupada com os altos custos, a dependência do óleo de fora e com a crise energética, a Petrobrás investiu em um projeto ousado e lançou o Sistema de Produção Antecipado (SPA) de Enchova. O sucesso permitiu a instalação de vários SPA’s na bacia, inclusive em Garoupa. Um desafio e uma inovação tecnológica extremamente grandiosos para a época.
As conquistas se sucederam na Bacia de Campos e levaram o Brasil a vencer mais um importante desafio: a autossuficiência em petróleo, atingida em 2006. Foram décadas de trabalho, pesquisa e dedicação, um gigantesco investimento para nos livrar das oscilações dos preços internacionais.
Continuamente superando desafios, descobrimos o pré-sal. Então, vem o golpe de 2016 e Pedro Parente adota o PPI (Preço de Paridade de Importação) para precificar os combustíveis no Brasil. Desde então, os preços da gasolina, do diesel, do gás de cozinha e gás natural não pararam de subir, aumentando também o custo dos alimentos. Junte a esse cenário desolador o reajuste de 52% da tarifa de energia elétrica, a maior inflação do mês de julho dos últimos 19 anos, vacinas atrasadas, mais de 600 mil mortos por Covid, 15 milhões de desempregados e a miséria batendo recorde. Infelizmente, vivemos um retrocesso sem tamanho e, certamente, não é esse o Brasil que queremos e merecemos.