Hoje, dia 22 de maio, é celebrado o Dia Internacional da Biodiversidade. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de conscientizar sobre a necessidade de se preservar e proteger todas as formas de vida que existem no planeta. A biodiversidade é a variabilidade de espécies da fauna, flora, micro-organismos e ecossistemas de um determinado local. E é fundamental para assegurar a manutenção da vida na Terra.
Segundo vários estudos, o Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo, abrigando em seu território biomas ricos em espécies animais e vegetais, como a Caatinga, o Cerrado, o Pantanal, a Mata Atlântica e a Amazônia.
Diante de tamanha grandeza, nessa data tão significativa, eu não poderia deixar de lembrar da Província Petrolífera de Urucu, cuja descoberta, em 1986, foi um marco importante na exploração de petróleo e gás natural na região Amazônica. O projeto foi idealizado pela Petrobrás no interior da maior floresta tropical úmida, no chamado coração da Amazônia.
O Polo de Urucu é hoje responsável pelo abastecimento de gás de toda região norte e parte do nordeste e possui o petróleo mais puro e valorizado do país. A exploração e produção de petróleo e gás no coração da selva, respeitando o meio ambiente foi, em todos os aspectos, um colossal desafio, quase indescritível. Esse desafio certamente só poderia ser superado por uma empresa com o DNA das grandes estatais como a Petrobrás, cujo compromisso com o desenvolvimento regional e do país é acompanhado por responsabilidade socioambiental, respeitando o meio ambiente e as populações originais, ribeirinhos e indígenas.
Tive o privilégio de trabalhar um mês na selva amazônica, no estado do Pará, em 1987, um bioma simplesmente fascinante. Anos depois, durante o mestrado, pude estudar trabalhos ainda mais pioneiros da companhia na região, quando sequer havia apoio de helicóptero. Mas essa história contarei depois.
Lamentavelmente, em julho de 2020, a gestão da Petrobrás anunciou a privatização desse patrimônio simbólico e imensurável da companhia e do povo brasileiro e, em fevereiro deste ano, foi anunciada a fase vinculante da negociação com a empresa Eneva, que já é proprietária do Campo de Azulão, no município de Silves.
Durante mais de três décadas na região, a Petrobrás sempre atuou com responsabilidade socioambiental. Controle de velocidade nos acessos para evitar atropelamentos de animais, catalogação das espécies, criação de banco de sementes e viveiros de mudas das espécies nativas, reflorestamento das áreas e tratamento adequado de todos os resíduos são alguns exemplos das ações que transformaram o Polo de Urucu em referência internacional no quesito ambiental.
Respeitar e proteger os biomas e a biodiversidade são dever e direito de cada um de nós, cidadãos, empresas, instituições, poder público, etc. Não é uma questão de escolha, é uma questão de sobrevivência.
As grandes transformações são, de fato, o somatório de todas as pequenas e diárias ações que fazemos.