O Conselho de Administração da Petrobrás aprovou, na quinta-feira passada, dia 28, o pagamento de antecipação da remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2021, no valor total de R$ 31,8 bilhões (cerca de US$ 6 bilhões). Eu reprovei essa antecipação. E tomei essa decisão não por discordar da distribuição dos dividendos aos acionistas, mas por não concordar com a forma e o volume distribuído.
Esse pagamento se soma aos R$ 31,6 bilhões anunciados em 4 de agosto, totalizando R$ 63,4 bilhões (cerca de US$ 12 bilhões) em antecipação aos acionistas, referentes só a este ano.
Reconheço que é necessário e legal remunerar os acionistas e que a distribuição está em consonância com a política de pagamento de dividendos da empresa. Mas eu não pude aprovar. Não pude aprovar porque nesses resultados financeiros estão embutidas as privatizações que desverticalizam e apequenam a Petrobrás e uma política de preços inconciliável com a missão genética da Petrobrás, que é servir ao Brasil e aos brasileiros, diferentemente da atual, focada no máximo retorno aos acionistas
O tamanho da Petróleo Brasileiro S.A., a nossa Petrobrás, é o tamanho do Brasil.