Nesta quarta-feira, dia 14 de julho, tenho reunião do CSMS, que é o Comitê de Segurança, Meio Ambiente e Saúde, um dos Comitês estatutários de assessoramento do Conselho de Administração da Petrobrás. Como conselheira, sou integrante desse comitê, que se reúne uma vez por mês. Eventualmente podem ser convocadas reuniões extraordinárias, mas são incomuns. As pautas geralmente trazem cerca de 8 a 12 itens o que costuma demandar cinco horas de reunião.
Uma semana antes da realização dessa atividade, que hoje acontece virtualmente em função da pandemia, eu recebo a pauta e o material relativo aos itens que serão discutidos. As reuniões ordinárias do CSMS, via de regra, não são reuniões deliberativas, os assuntos são apresentados e interagimos, solicitando informações, sugerindo melhorias, tecendo críticas, etc. Eventualmente, se há um tema conexo com algum assunto a deliberar no CA, uma reunião extraordinária é convocada para analisarmos e recomendarmos sua aprovação ou não. Em quase um ano de mandato, apenas uma reunião extraordinária ocorreu.
Nessas reuniões, minha atuação tem sido não apenas de conhecer os temas, mas também de proposição de temas não previstos que, sendo críticos, trazidos ou não pelos trabalhadores de alguma área, precisem ser conhecidos e discutidos. Com a visão crítica de quem conhece a realidade dos trabalhadores, procuro atuar de forma a imprimir nos assuntos e propostas apresentadas essa realidade, buscando sempre somar na busca de ações reais de proteção da vida e do meio ambiente.
Conselho de Administração
O CA tem uma reunião ordinária por mês e, além das ordinárias mensais, estão no calendário reuniões de resultado e dos balanços trimestrais. Em fevereiro é realizada a reunião para apreciação do Resultado da Companhia do ano anterior. Trimestralmente, iniciando em abril, são realizadas as reuniões para apreciação dos balanços dos últimos três meses. Reuniões extraordinárias do CA podem ser convocadas sempre que necessárias por força de um fato novo que precise ser discutido e deliberado. Neste semestre, foram convocadas seis extraordinárias.
Geralmente, as reuniões do CA acontecem na última semana do mês e elas duram o dia inteiro. Em média, são de 10 a 12 itens de pauta para deliberação dos conselheiros, além de matérias para conhecimento, informativas. Eu sempre faço voto por escrito, então, após as reuniões, preciso revisar meus votos antes de enviar à Segepe (Secretaria Geral da Presidência) para o devido registro na ata da reunião. As minutas das atas são encaminhadas aos conselheiros para revisão, ajustes necessários e aprovação para registro formal.
Sete dias antes da reunião, a Segepe envia a todos os conselheiros o material sobre as pautas que serão apreciadas. Normalmente são materiais extensos, contendo muitos documentos, que temos que analisar. Dependendo da complexidade do assunto, eu ainda tenho que fazer consultas e pesquisas.
Conto com uma equipe de profissionais, formada por advogados e economistas, que me assessora, respeitando o termo de sigilosidade, dando todo suporte necessário para eu compreender e me atualizar sobre cada uma das pautas. Costumo fazer reuniões rotineiras com esses profissionais, onde tratamos de assuntos pontuais e também da conjuntura política, econômica e social do país. Semanalmente, realizo ainda reuniões com minha equipe de comunicação para discutir os assuntos mais relevantes na semana e, dessa forma, manter a categoria informada dos trabalhos e decisões.
É importante lembrar que nem tudo que é discutido e deliberado nas reuniões pode ser abordado por mim. Como tenho um compromisso de sigilosidade, só posso falar sobre os temas que a Petrobrás torna públicos. Mesmo quando declaro como votei, só posso abordar as razões que são de domínio público. Discutimos muito mais assuntos do que aqueles sobre os quais eu informo à categoria.
Além dessas tarefas, o CA promove ao longo do ano palestras técnicas informativas e treinamentos preparatórios e de reciclagem aos seus conselheiros. Temas como governança, deveres e responsabilidades legais dos conselheiros, a estrutura da Petrobrás e seus diferentes segmentos, temas técnicos sob demanda, etc.
São muitas tarefas diárias e uma grande responsabilidade, já que o CA é o principal órgão de governança da companhia, onde são tomadas todas as decisões estratégicas da empresa. Sou a única representante dos trabalhadores e das trabalhadoras da Petrobrás no Conselho de Administração. Mesmo sendo a minoria absoluta, me empenho ao máximo para tomar as melhores decisões e atuar de maneira justa, ética e inegociável em defesa da Petrobrás estatal, forte e integrada, a serviço da Nação e do povo brasileiro.
Um trabalho que tem sido cada dia mais difícil, por conta, principalmente, desse governo negacionista e privatista.