Campanha do Dia Mundial do Meio Ambiente quer conscientizar sobre a poluição plástica, que inunda os oceanos

Estamos na Semana do Meio Ambiente e hoje, 5 de junho, é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, bem pertinho do Dia Mundial dos Oceanos, que é lembrado em 8 de junho, no próximo domingo. As duas datas foram criadas pela ONU (Organização das Nações Unidas), com a intenção de conscientizar as pessoas sobre a importância da preservação dos recursos naturais do nosso planeta.

Quero aproveitar esse post para falar das duas datas comemorativas, já que o tema central da campanha de 2025 do Dia Mundial do Meio Ambiente é o combate à poluição plástica global, que tem afetado os biomas terrestres e principalmente os oceanos.

Segundo estimativas da ONU, a humanidade produz anualmente cerca de 430 milhões de toneladas de plástico e os maiores depósitos de lixo desse material são os oceanos. Um levantamento feito pelo 5 Gyres Institute, organização sem fins lucrativos que estuda a poluição plástica, aponta que os plásticos oceânicos somam 170 trilhões de partículas. Isso representa em torno de 2,3 milhões de toneladas de plásticos nas águas dos mares do planeta.

Quando chega ao oceano, o plástico tende a se decompor em pedaços cada vez menores, até se transformarem em microplásticos, que são um dos legados mais danosos e duradouros da crise da poluição plástica e uma ameaça crescente à saúde humana e planetária. Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa de Sistemas Ambientais da Universidade de Osnabrück, na Alemanha, mostra que esse tipo de material tem a capacidade de absorver produtos tóxicos encontrados nos oceanos, como pesticidas, metais pesados e outros tipos de poluentes orgânicos persistentes (POPs), o que faz com que os danos à saúde da biodiversidade sejam muito maiores. Já há registros da presença de microplásticos na corrente sanguínea de animais e humanos.

Em relação ao resíduo plástico, o Brasil, de acordo com estudo do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), é o quarto maior produtor do mundo, atrás somente dos Estados Unidos, da China e Índia, e um dos países com menor índice de reciclagem plástica, só 1,2%. É fato que precisamos, urgentemente, de ações mundialmente coordenadas através de políticas públicas para mudar esse cenário tão lamentável. Mas bastam as políticas públicas? Obviamente que não. Os indivíduos têm que fazer a sua parte. E isso não é colaboração, é um dever.

Reduzir o uso de plásticos, reutilizando e reciclando embalagens, fazer a coleta seletiva, consumir de forma consciente e, entre outras tantas pequenas ações do dia a dia, economizar água e energia, é dever de cada um.

Entender que o planeta Terra é a nossa casa e que somos apenas mais um habitante, dentre bilhões de outros que têm o mesmo direito ao ambiente saudável, é o primeiro passo para um viver mais respeitoso, harmonioso e amoroso.