A Petrobrás quer aumentar a produção de Tupi, o maior campo de petróleo do pré-sal brasileiro. Mas para conseguir colocar esse plano em ação, a companhia precisa, primeiro, resolver um impasse com a ANP (Agência Nacional do Petróleo) referente a um problema tributário. Ao que tudo indica, as negociações para se chegar a um desfecho estão avançando.
A diretora de Exploração e Produção da Petrobrás, Sylvia dos Anjos, segundo informou a imprensa, disse que espera definir um acordo com a ANP até dezembro deste ano. Isso permitirá à companhia perfurar novos poços e realizar novos levantamentos sísmicos, medidas essas que devem ajudar a prolongar a vida útil do campo, localizado na Bacia de Santos. Deter o declínio natural da produção tem sido um grande desafio para a companhia.
Descoberto em 2006, Tupi, originalmente batizado como Lula, foi o primeiro campo do pré-sal a entrar em operação, em 2009, sendo responsável hoje por 20% do total produzido no país. Somente nos primeiros oito meses deste ano, Tupi produziu uma média de 764 mil barris por dia. E, em 2023, superou a produção de países inteiros, como Colômbia, Venezuela e Reino Unido.
A Petrobrás já anunciou que pretende instalar na área de Tupi uma nova plataforma FPSO, o que pode aumentar significativamente a capacidade de produção. Além disso, o novo “Plano Estratégico”, que deve ser divulgado nos próximos meses, prevê ampliar o contrato de operação de Tupi por mais 27 anos, até 2064.
Mais do que o ponto de partida da produção das reservas do pré-sal, Tupi foi crucial para inserir o Brasil entre os maiores produtores de petróleo do mundo. É um campo importante, que ainda tem um grande potencial inexplorado, continua sendo um dos maiores ativos da Petrobrás e pode voltar a ter um papel relevante nessa nova etapa de crescimento.