As refinarias da Petrobrás bateram recorde de processamento no mês de maio. O fator de utilização (fut) das unidades de refino alcançou 95% e chegou a ter picos de 99%, praticamente carga total. Isso não acontecia desde julho de 2015. Um desempenho espetacular, que merece ser comemorado!
E o mais impressionante é que esse nível de aproveitamento ocorreu mesmo com paradas de manutenção programadas na RPBC, em Cubatão, Refap, em Canoas/RS, Reduc, em Duque de Caxias/RJ e Replan, em Paulínia/SP.
Na verdade, há mais de seis anos as refinarias da Petrobrás vinham trabalhando com carga reduzida, chegando a operar com médias de 75% de capacidade. Essa condição, que induziu o parque de refino da empresa a trabalhar com ociosidade, permitindo a entrada de muitas importadoras de derivados no mercado de combustíveis interno – como constatado nas gestões Pedro Parente e seus sucessores -, associada ao PPI (preço de paridade de importação), tinha um objetivo bem definido: justificar e viabilizar as privatizações. O plano dos governos pós-golpe era privatizar a Petrobrás, ainda que aos pedaços, na área de refino. Assim, metade da capacidade de refino da estatal foi colocada à venda, utilizando-se de um TCC assinado com o Cade em 2019 como álibi.
A nova gestão da Petrobrás, entretanto, trouxe uma nova visão estratégica, decidiu reverter o plano de desinvestimento e lançou um olhar mais cuidadoso para o refino.
Só nesses primeiros seis meses de 2023 a empresa já fez importantes investimentos nessa área, incluindo R$ 720 milhões na modernização dos equipamentos da RPBC, de Cubatão, e R$ 450 milhões na maior parada programada da história da Refap, no Rio Grande do Sul. A estatal também assinou contratos para ampliação e modernização de unidades da Rnest, em Pernambuco – a fim de aumentar a oferta de diesel em 2025 -, e anunciou a aplicação de R$ 45 milhões na Refinaria de Petróleo Riograndense, no Rio Grande do Sul, preparando a unidade para ser a primeira biorrefinaria no Brasil a processar matéria-prima 100% renovável.
Ao divulgar há poucos dias as diretrizes do novo planejamento estratégico 2024/2028, a companhia reforçou que umas de suas missões será buscar a autossuficiência em derivados. E isso é de suma importância para o Brasil e os brasileiros!
São os novos rumos da nossa Petrobrás, focados no futuro e no desenvolvimento nacional. Estamos no caminho certo.