Com retomada de licitação para embarcações próprias, Petrobrás abre oportunidades de revitalização do setor naval

A Petrobrás anunciou, neste mês, a retomada da contratação de embarcações próprias. A Transpetro, subsidiária da companhia, lançou uma licitação para adquirir quatro navios de cabotagem de pequeno porte, que vão operar no transporte de combustíveis na costa brasileira. Esse é o primeiro edital do atual mandato do presidente Lula que contempla a aquisição de embarcações.


A notícia é excelente para a Petrobrás e um passo fundamental rumo à revitalização da indústria naval, setor que foi abandonado desde o duro golpe sofrido com a operação lava jato. A aquisição dos navios, como ressaltou a própria presidente da companhia, Magda Chambriard, “é um marco do início de contratações que vão contribuir para o fortalecimento da indústria naval e offshore nacional”. A recuperação desse setor representa a geração de milhares de empregos no país.
Além de serem importantes para a retomada da frota própria da Petrobrás, os novos navios vão reduzir a exposição da companhia a oscilações de fretes e diminuir os custos com afretamentos de embarcações. As encomendas integram o TP 25 da Transpetro, programa de renovação e ampliação da frota do Sistema Petrobras. Dezesseis navios de cabotagem que farão parte desse programa já estão previstos no Plano Estratégico 2024-2028.
O edital tem o formato de licitação internacional aberta, que permite a participação de todos os estaleiros que atendam aos critérios técnicos e econômicos previstos no certame. As embarcações deverão ser mais sustentáveis e com menor pegada de carbono, seguindo as determinações da Organização Marítima Mundial (IMO). A previsão de divulgação do estaleiro vencedor e assinatura do contrato é em dezembro deste ano.
Embora essa notícia seja extremamente positiva, a mídia tradicional insiste em ilações e acusações infundadas sobre o processo. Enquanto a sociedade civil, governo, trabalhadores e empresários se unem para resgatar a indústria e a engenharia nacional, destruídas pelo lavajatismo, o PIG (partido da mídia golpista e entreguista) insiste em procurar chifre em cabeça de galinha, evocando os fantasmas dessa famigerada operação e seus métodos.
Estudos financeiros, logísticos e de risco apontam a vantajosidade da aquisição sobre o afretamento que, na atual conjuntura, apresenta baixa liquidez e alto risco. A decisão da Petrobrás é acertada!
Como já dito, a licitação é aberta e internacional e, diferentemente do que a imprensa propala, eventuais “vantagens” à indústria nacional são políticas públicas de governo, assim como vemos em inúmeros países, inclusive os chamados desenvolvidos, e não da Petrobrás.
O problema é o complexo de neocolonizado que domina parte da elite, do mercado e da grande mídia tradicional que, na sua limitação cognitiva, não concebe o Brasil como um país possivelmente soberano.
Mas nós acreditamos nessa possibilidade e lutaremos para concretizá-la o mais breve possível.

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