No segundo semestre do ano passado boatos sobre a mudança do regime híbrido no administrativo começaram a se intensificar, gerando muita ansiedade e inquietação nas trabalhadoras e trabalhadores. Em janeiro deste ano, a gestão da empresa comunica a decisão de mudança nesse regime, aumentando de dois para três dias presenciais.
Tenho recebido várias mensagens de petroleiras e petroleiros cobrando que eu me manifeste a respeito dessa questão.
Preciso, em primeiro lugar, esclarecer que o regime de trabalho na companhia é uma prerrogativa da Diretoria Executiva e não do Conselho de Administração. Caso fosse prerrogativa do CA, eu estaria vedada por lei de debater e votar no tema, pois caracterizaria conflito de interesses.
Diante dessa realidade de minha limitação e ciente da criticidade do tema para os trabalhadores do regime administrativo, ainda no ano passado, em conversas informais com alguns gestores, alertei sobre a sensibilidade do tema e a necessidade de abertura do diálogo sobre essa questão.
Em janeiro deste ano a decisão de mudança foi comunicada pela companhia sem diálogo ou negociação prévias, gerando uma forte reação dos trabalhadores desse regime.
Dada a decisão e o conflito, dentro de minhas possibilidades e oportunidades, procurei alguns gestores ponderando novamente sobre a sensibilidade e criticidade do tema e solicitando a abertura de diálogo com as representações dos trabalhadores, trazendo, inclusive, situações em que a almejada integração não se viabiliza de fato em função da realidade física em vários locais.
O diálogo é sempre o melhor caminho a se trilhar