Hoje, 29 de setembro, comemora-se o Dia Mundial do Petróleo, em homenagem a um dos recursos naturais mais estratégicos do planeta. A celebração no Brasil acontece em outra data: 3 de outubro, junto com o aniversário da Petrobrás. O Dia do Petróleo Brasileiro foi instituído por Getúlio Vargas, em 1953, para homenagear a fundação da estatal.
O petróleo tem grande relevância para nossa vida, seja como fonte de energia, combustíveis, gás de cozinha ou insumos da indústria petroquímica, e está presente no nosso cotidiano: PVC, cosméticos, fibras, tecidos e materiais farmacêuticos, entre outros. Além disso, o petróleo, mais o carvão e gás natural, representam 85% da matriz energética mundial, com inquestionável protagonismo (petróleo 34%, carvão 27% e gás natural 24%).
Ao contrário do que apontam alguns estudiosos, que o petróleo perderá valor a partir da próxima década, o Ineep afirma, em estudo sobre o tema, que a indústria de óleo e gás continuará ocupando um espaço privilegiado na matriz energética global no médio prazo. E parte do impulso positivo para o setor acontece com o surgimento de novos produtores importantes nos últimos anos, destacando-se o Brasil, a partir da descoberta do pré-sal, e principalmente os Estados Unidos e o Canadá.
Segundo o vice-presidente da Aepet, Felipe Coutinho, a participação das energias de origem fóssil na demanda energética do planeta se manteve estável nos últimos 25 anos e é improvável que percam importância relativa nas próximas décadas, considerando sua qualidade (flexibilidade, facilidade de uso, densidade energética e confiabilidade) e quantidade (disponibilidade), em comparação com as demais fontes primárias de energia.
Não há que se ter pressa, há que se ter prudência e planejamento. A questão central é que ainda não há substitutos para o petróleo e as energias fósseis. Portanto, as petrolíferas têm que se comprometer rigorosamente com a redução das emissões de gases de efeito estufa e investir em energias renováveis. A transição energética deve ser um compromisso global, mas entender que a resposta não está em uma única fonte, e sim na associação das diversas fontes, é fundamental para o equilíbrio.