Nesta segunda feira (17), tive a oportunidade de participar de um simbólico evento que representou um marco importantíssimo na retomada da indústria naval brasileira. O Terminal da Transpetro, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, foi palco de uma cerimônia grandiosa: o lançamento de duas novas iniciativas de fomento ao setor naval, há uma década destruído pela operação lava jato.
Com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alkmin, do presidente do CA, Pietro Mendes, da presidente da Petrobrás, Magda Chambriard e do presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, foram anunciadas uma nova licitação do Programa de Renovação e Ampliação da Frota do Sistema Petrobrás, para a construção de oito navios gaseiros, e a assinatura de protocolos de intenção para o reaproveitamento de plataformas da companhia, que estão sendo desmobilizadas.
O evento foi acompanhado por centenas de trabalhadoras e trabalhadores, ministros, deputados, empresários e representantes de instituições e entidades de classe. E comemorado, como deve ser. Afinal de contas, essas iniciativas são fundamentais para o resgate da indústria naval, que já viveu tempos de glória.
Em 2014, o setor chegou a ter mais de 82 mil trabalhadores nos estaleiros brasileiros. Mas, após a operação lava jato, tudo desmoronou. A partir do golpe de 2016 até 2022, houve uma redução brutal de investimentos da Petrobrás e o enfraquecimento da política de conteúdo local, causando a perda de cerca de 60 mil empregos. A operação destruiu mais de 4 milhões de postos de trabalho no país, envolvendo a indústria e a engenharia nacional e toda a imensa cadeia produtiva e de serviços ligada ao petróleo.
É imperativo não esquecer o que aconteceu no Brasil com a operação lava jato e que cada brasileiro tenha consciência de que só é possível o desenvolvimento econômico e social do país com políticas públicas que estimulem e fomentem a indústria nacional, gerando empregos de qualidade. E essas políticas são fomentadas apenas por governos comprometidos com o Brasil.
Essas medidas fazem parte da necessária renovação e modernização da nossa frota e viabilizam o reaproveitamento de plataformas que seriam descomissionadas. Mas também, potencialmente, gerarão dezenas de milhares de empregos na indústria naval e offshore nacional.
Defender a Petrobrás é defender o Brasil!