Esta sexta-feira, 13 de setembro, foi um dia especial, um marco na história da Petrobrás. A inauguração do antigo Polo Gaslub ou Comperj, agora rebatizado como Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí, no Rio de Janeiro, era muito esperada, especialmente pelos petroleiros e moradores da região, animados com as perspectivas de emprego. A cerimônia foi linda e teve a participação do presidente Lula, que emocionou o público presente com seu discurso e suas histórias de vida. Um evento memorável e muito simbólico.

A inauguração do complexo ocorre quase 20 anos após o lançamento da pedra fundamental do empreendimento, em 2006, no primeiro mandato do governo Lula. A ideia inicial era construir o maior complexo petroquímico da América Latina, com duas refinarias, uma planta de processamento de gás natural e uma unidade petroquímica de última geração. As obras começaram efetivamente em 2008 e a expectativa era que o complexo entrasse em operação em 2012.
Mas todo esse planejamento foi destruído pela operação lava jato, que paralisou todas as obras, nunca mais retomadas. Além disso, o projeto original acabou sendo mutilado pelo governo passado. A proposta de redução do escopo passou pelo Conselho de Administração, votei contra essa alteração e propus, inclusive, uma nova avaliação econômica do projeto original. Infelizmente, fui voto vencido.

O polo industrial inaugurado é composto pela maior unidade de processamento de gás natural (UPGN) do país e receberá gás do pré-sal da Bacia de Santos, transportado por meio do gasoduto Rota 3, que também iniciará operação. Segundo estimativa da Petrobrás, devem ser gerados cerca de 10 mil postos de trabalho durante a fase de obras de expansão do complexo e aproximadamente 3 mil empregos permanentes para a operação e atividades de suporte.
Uma curiosidade é que o novo nome do empreendimento é uma referência ao Convento São Boaventura, localizado dentro da unidade e considerado uma das primeiras construções do município de Itaboraí. Inclusive, as ruínas do convento, patrimônio histórico nacional e estadual tombado desde 1978, foram conservadas pela companhia.

A cerimônia de hoje tem uma representatividade e um simbolismo muito grande para a classe petroleira, o presidente Lula e milhares de trabalhadores do Brasil. É o símbolo da força, coragem, resiliência e resistência. É uma importante retomada para a Petrobrás, o estado do Rio de Janeiro e o Brasil.