Não é de hoje que escuto que privatizar a Petrobrás seria positivo porque aumentaria a concorrência, o que melhoraria serviços e preços. No entanto, isso é um grande mito.
Fundada em 1953 por Getúlio Vargas, a Petrobrás teve, de fato, o monopólio de diversas atividades, como exploração, extração e refino do combustível. Mas essa exclusividade foi quebrada em 1997 com a Lei do Petróleo, que permitiu a entrada de outras empresas nas atividades exercidas por ela.
De fato, hoje, a estatal concentra em suas refinarias a produção da maior parte dos combustíveis distribuídos nos postos do país. Por isso, o que acontece, na verdade, é que as empresas privadas investem em sua maioria na compra de poços de petróleo ou de estruturas já prontas e comprovadamente rentáveis.
Em outras palavras, não há investimento por parte dessas empresas para criar novas fábricas para fazer concorrência interna, o que poderia gerar empregos e movimentar economia. Ou seja: descobrimos, criamos a estrutura, colocamos para funcionar e, quando chega a hora de lucrar, querem vender, criando monopólios privados que concentram o poder econômico e prejudicam o consumidor.