O mundo comemora hoje, 29 de setembro, o Dia do Petróleo, esse importante recurso natural que ainda está tão presente no nosso cotidiano. Só que aqui no Brasil essa celebração acontece em 3 de outubro, na data do aniversário da Petrobrás, que neste ano completa sete décadas de vida.
A ideia de homenagear o petróleo partiu do presidente Getúlio Vargas, em 1953, no mesmo ano em que a Petrobrás foi fundada. A proposta era comemorar a existência desse recurso estratégico para o desenvolvimento do planeta e também a criação da maior empresa de exploração e produção de petróleo do Brasil – e que se tornaria uma das maiores do mundo.
O Dia Mundial do Petróleo é muito importante para repensarmos as formas de exploração e uso desse recurso. Embora estejamos vivendo uma crise de mudanças climáticas, a produção mundial de petróleo deve aumentar nesta década, segundo projeção da Agência Internacional de Energia (AIE). O mercado internacional continua demandando grande quantidade de petróleo, tendência essa que deve começar a mudar à medida que as energias renováveis ganharem espaço sobre os combustíveis fósseis.
Mas não nos esqueçamos que petróleo não representa apenas combustível e energia, mas também fertilizante e petroquímica.
No Brasil, por exemplo, a produção nacional não para de crescer – hoje, nosso país é o oitavo maior produtor de petróleo do mundo. Em 2022, a produção brasileira foi de 3 milhões de barris por dia, um aumento de 4% em comparação ao ano anterior, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Nas reservas do pré-sal, a média de produção atingiu 2,3 milhões de barris/dia, o equivalente a 76% do total de petróleo produzido no país.
Mesmo nesse cenário de emergência climática, a Petrobrás precisa e precisará produzir o ouro negro, inclusive para financiar os investimentos em “energias renováveis”, com o compromisso desafiador de descarbonizar suas operações e produtos.
A transição energética é um caminho longo que deve ser trilhado sem exaltação ou mistificações, mas com muita responsabilidade social e ambiental e honestidade intelectual, ampliando e aprofundando os estudos de impacto socioambiental e o balanço das alternativas.
Acredito que a resposta ao nosso problema estará não em algumas fontes de energia, mas na associação das diversas fontes.