Os investimentos da Petrobrás em projetos socioambientais, culturais e esportivos aumentaram significativamente em 2024, alcançando o maior patamar desde 2016. Essa notícia é extraordinária e relevante para a companhia, cujos investimentos foram reduzidos drasticamente a partir da operação lava jato.
Segundo levantamento do Dieese, a companhia investiu R$ 536 milhões no ano passado em esporte, cultura e projetos socioambientais. O número ainda está muito aquém dos valores registrados no período entre 2003 e 2015, governos passados de Lula e Dilma Rousseff, mas já sinaliza grandes, necessárias e esperadas mudanças. A principal delas é que a expansão desses investimentos representa o resgate da essência estatal e da responsabilidade social da Petrobrás.
Os dados que o Dieese traz, partindo de 2003 e com valores atualizados em maio de 2025, são esclarecedores e inequívocos. Saímos de investimentos da ordem de R$ 1 bilhão, R$1,4 bilhão na média entre 2003 e 2014, quando entra a famigerada operação lava jato, atingindo picos de R$ 1,5 bi em 2006 e 2013 para, a partir do golpe de 2016 com R$ 381 milhões, despencar para um patamar médio de R$ 218 milhões até 2022.
Com a política de desmonte e o plano de privatização da companhia, os investimentos em patrocínio foram drasticamente reduzidos. No governo passado, as gestões da companhia encerraram contratos de patrocínio com importantes projetos, como o Tamar, por exemplo, um projeto icônico para a Petrobrás. Mundialmente reconhecido, o projeto tinha mais de 40 anos de parceria em uma das mais vitoriosas iniciativas de preservação ambiental e conservação de tartarugas marinhas do planeta.
Felizmente a Petrobrás retomou programas culturais, socioambientais e, aos poucos, tem expandido seus investimentos no esporte. A companhia sempre teve participação relevante como incentivadora desses projetos. Investir em esporte, cultura e iniciativas socioambientais é responsabilidade de todas as empresas, havendo, inclusive, e especialmente neste governo, políticas de incentivo para tal. As estatais brasileiras não podem se furtar a essa responsabilidade, ao contrário do que pregam alguns veículos da grande mídia que enxergam o Brasil menor do que si mesmos. O Brasil e a Petrobrás são dos brasileiros.