A Petrobras anunciou, nesta quarta-feira (21), que assinou um novo contrato para gestão e execução de uma série de serviços de suporte nas instalações do Gaslub, em Itaboraí, no Rio de Janeiro, que vai gerar 126 empregos até o final do ano. É uma notícia animadora e mais um passo importantíssimo da atual gestão da companhia rumo à retomada da construção desse polo petroquímico, cujas obras foram paralisadas há nove anos.
Chamado anteriormente de Comperj, o projeto original desse empreendimento foi lançado em 2008 e tinha a pretensão de transformar o Brasil em uma potência mundial no setor de refino e petroquímica. Mas esse grande projeto também foi vítima das ações equivocadas da operação Lava Jato. Planejado, inicialmente, para ter uma unidade de refino, (Trem 1) e um complexo petroquímico, o polo acabou mutilado em abril de 2021 pelo governo anterior, gestão Castello Branco, em função de “avaliações econômicas”, sendo reduzido a uma unidade inacabada de processamento de gás e produção de lubrificantes, sem perspectiva de conclusão.
À época, já no Conselho de Administração, meu voto foi contrário ao cancelamento do projeto Trem 1 da refinaria, por entender que essa proposta tinha potencial para gerar grandes retornos à Petrobrás e que novas análises econômicas deveriam ser realizadas, visto a mudança de cenário em relação àquele que embasou a decisão. Para os demais projetos – PIR3, UPGN, gasoduto Rota 3 e produção de lubrificantes (Lub) e combustíveis de alta qualidade em sinergia com a Reduc -, votei favorável.
Com a eleição do presidente Lula, no entanto, resgatando a visão estratégica da Petrobrás como uma empresa verticalizada e integrada, lançou-se um novo olhar sobre a indústria petroquímica e o compromisso de retomar as obras do Gaslub, com previsão de serem finalizadas até 2028.
As 126 vagas anunciadas hoje pela companhia representam pouco mais de 1% do número de postos de trabalho que a Petrobrás estima que sejam gerados nos próximos anos. Durante a fase de execução do empreendimento, a expectativa é que surjam até 10 mil empregos diretos e indiretos.
E quem mais comemora essa retomada são os moradores de Itaboraí e região, que enfrentam anos de estagnação desde que as obras do Polo Gaslub foram paralisadas, em 2015. Mais do que aliviar a pressão sobre o mercado de trabalho local e regional, a retomada da construção desse grande empreendimento vai impulsionar o desenvolvimento econômico do estado do Rio de Janeiro e do Brasil.