Nesta semana, a Petrobrás começou a receber as propostas das empresas interessadas em participar da licitação para obras do Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí (RJ). A concorrência contempla um pacote de obras envolvendo desde a aquisição de grandes plantas de produção de combustíveis até a instalação de tancagem e abertura de vias de acesso à área industrial.
O processo está dividido em seis lotes e se encerra em 17 de fevereiro de 2025, quando serão conhecidas as empresas vencedoras. A licitação é aberta a empresas brasileiras e estrangeiras.
Inaugurado em 13 de setembro, o Complexo Boaventura é composto pela maior unidade de processamento de gás natural (UPGN) do país juntamente com o gasoduto Rota 3, que transportará gás do pré-sal da Bacia de Santos, duas termelétricas a gás e unidades de refino para produção de lubrificantes e combustíveis, em sinergia com a Reduc.
Vale lembrar que a concepção original do projeto, elaborado há quase 20 anos, era construir o maior complexo petroquímico da América Latina, com duas refinarias e uma UPGN. Mas esse foi mais um importante projeto interrompido pela operação lava jato e, posteriormente, mutilado na gestão Castello Branco, que o reduziu a uma unidade de processamento de gás natural e uma fábrica de lubrificantes, rebatizando de Gaslub.
A UPGN já está em vias de iniciar suas operações comerciais e a expectativa é que, até o final deste ano, ela tenha capacidade total de processamento de até 21 milhões de metros cúbicos por dia, contribuindo de maneira significativa para o aumento da oferta de gás natural e de GLP.
O complexo também é focado na sustentabilidade. Suas unidades para produção de combustíveis vão operar com baixo teor de enxofre e maximização do reuso da água em seus processos, reduzindo brutalmente a captação e o despejo. Além disso, os projetos do Complexo Boaventura devem gerar durante o período de obras mais de 10 mil empregos diretos na região onde está localizado, no Leste Fluminense.
Esse importante complexo de energias, para além da geração de milhares de empregos de qualidade com proteção ao meio ambiente e à cultura, permitirá à companhia aumentar a oferta de gás ao mercado nacional, reduzindo as importações de diesel e GLP. Ou seja, ganham a população, a Petrobrás e o Brasil.