Petrobrás pretende acelerar investimentos na revitalização da Bacia de Campos, que completa meio século

Descoberta em 1974, a Bacia de Campos, que já foi a principal área de produção de petróleo do país, completa neste mês de novembro meio século. E a boa notícia é que a região pode voltar a ter papel relevante na indústria nacional de petróleo. Segundo reportagem do jornal O Globo deste domingo (3), a companhia vai redirecionar investimentos para a bacia, localizada entre os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, com o objetivo de aumentar as reservas de petróleo.


A presidente da Petrobrás, Magda Chambriard, que é especializada em engenharia de reservatórios, de acordo com a matéria, pretende acelerar os investimentos na revitalização da Bacia de Campos. Magda acredita no potencial de extrair da área a mesma quantidade de petróleo e gás que foi retirada desde os anos 70, com o auxílio de novos poços, técnicas de revitalização de poços já explorados, recuperação e reutilização de algumas plataformas que estavam por ser descomissionadas, como a P-35, P-37, P-47 e P-19 e, possivelmente, a P-51. Vale lembrar que após a descoberta da Bacia de Campos, no período de 10 anos, a companhia triplicou sua produção de petróleo, majoritariamente terrestre, passando de 200 mil barris em 1974 para 600 mil barris, em 1984.
Hoje, a Petrobras conta com 37 plataformas e 327 poços em 14 campos na Bacia de Campos. E uma das iniciativas do plano de revitalização é instalar cinco novas plataformas nos campos de Marlim Leste/Sul, Jubarte, Albacora, Barracuda-Caratinga e Raias Manta e Pintada, com a previsão de 100 novos poços.
Importante decisão a de revitalizar a Bacia de Campos e dela extrair tudo o que ainda nos reserva e, nesse novo contexto nacional, fazê-lo priorizando o conteúdo local e plataformas próprias ao invés de afretadas. Assim, não apenas ampliaremos nossas reservas, mas o faremos criando mais valor para a Petrobrás, gerando empregos de qualidade e renda e movimentando a economia regional e nacional.
Importante seria também um mesmo olhar para a Bacia do Espírito Santo, que provavelmente ainda não esgotou suas possibilidades de novas descobertas e de revitalização de campos.
E essa expertise e sensibilidade a Diretora Sylvia e a presidenta Magda têm de sobra, comprovadas não apenas pela assertiva de que todo óleo e todo gás importam, mas por ações concretas nessa direção!