A Petrobrás anunciou na sexta-feira (27/08) a venda integral de sua participação acionária de 93,7% na empresa Breitener Energética, dona das termelétricas Tambaqui e Jaraqui, localizadas em Manaus. A negociação havia sido aprovada pelo Conselho de Administração na reunião de quarta-feira da semana passada, com meu voto contrário.
As duas usinas, que geram energia a partir de gás natural e possuem capacidade contratada com a Amazonas Energia, estão sendo vendidas em meio à pior crise hídrica dos últimos 91 anos. Um cenário que traz à tona o temor de enfrentarmos novamente o racionamento de energia e até mesmo os apagões, que vivenciamos há duas décadas.
Mas o principal motivo que me fez votar contra é que a venda da Breitener e, por conseguinte das duas usinas, é mais um passo dado rumo à consolidação da desintegração e saída da Petrobrás da região Norte do nosso país. Um fato lamentável e triste para a companhia e todo o povo brasileiro.
Eleição do CA
Na sexta-feira houve nova eleição de oito membros do Conselho de Administração da Petrobrás, mas nada mudou no colegiado. Os minoritários não obtiveram êxito na estratégia de ampliar o número de cadeiras. O resultado terminou igual ao da assembleia em abril, com a eleição de apenas um representante dos minoritários, Marcelo Gasparino, o mesmo que havia sido eleito anteriormente e renunciado ao cargo, gerando toda essa confusão e forçando um novo pleito eleitoral do CA.
Dessa forma, o Conselho se mantém com 11 membros, sendo sete indicados pelo governo federal, três representando os minoritários e um eleito pelos trabalhadores da Petrobrás.
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