Neste final de semana estarei em Porto Alegre, ao lado de várias e queridas trabalhadoras da Petrobrás, participando do Encontro Nacional de Mulheres Petroleiras. Logo mais, às 18h, acontece a abertura do evento, que neste ano será muito especial porque comemora os 10 anos de criação do Coletivo Nacional das Mulheres Petroleiras da FUP.
Formado em 2012, durante a terceira PlenaFUP, o grupo vem atuando em prol dos direitos e reivindicações das trabalhadoras. O coletivo já tem uma lista de conquistas, como a instalação de salas de aleitamento nas unidades da Petrobrás, adoção de uniforme feminino, aumento do tempo da licença paternidade e ampliação do auxílio creche para homens, entre outras.
O coletivo de mulheres também trabalha para ampliar a participação feminina nos fóruns de deliberação da categoria petroleira e das direções dos sindicatos e da FUP. A presença das mulheres nas plenárias e congressos nacionais da FUP cresceu de 5%, em 2010, para 22% em 2019, quando aconteceu a última PlenaFUP presencial. E a direção da FUP dispõe, atualmente, de oito vagas para as petroleiras. Além disso, hoje temos a primeira presidenta de um sindicato petroleiro, a companheira Miriam Cabreira, do Sindipetro-RS, que está sediando esse encontro.
Com o coletivo, nós mulheres passamos a nos apropriar de um importante espaço que antes era ocupado exclusivamente por homens. Isso acontecia, e ainda acontece, inclusive, no CA da Petrobrás.
É fato que os homens continuam sendo a maioria absoluta no colegiado, onde são deliberadas as principais decisões da companhia. Mas nossa representação feminina está lá, presente, e se mantém firme e resistente, em defesa de uma Petrobrás forte e integrada a serviço do país.