Foi na quarta-feira passada (30/11) que a Refinaria de Manaus, a Reman, passou oficialmente para as mãos da iniciativa privada. E a primeira providência do novo proprietário foi aumentar, no dia seguinte, o preço do gás de cozinha, que abastece a região Norte.
Como justificativa para o reajuste aos revendedores, a nova gestora disse que o preço do GLP na capital amazonense está defasado. E mais: anunciou que o gás de cozinha poderá sofrer novo aumento a partir de janeiro de 2023.
Já vimos esse filme antes e sabemos bem qual é o desfecho. Logo após a Rlam ser privatizada, em dezembro do ano passado, os preços dos combustíveis dispararam e a refinaria baiana passou a cobrar o litro da gasolina mais caro do país. Como esperado, na Reman, não está sendo diferente. O processo só tem se mostrado ainda mais acelerado, com aumento de preço em apenas um dia da gestão privada.
Por diversas vezes já falamos sobre os prejuízos da privatização, inclusive na semana passada, quando foi concluída a venda da Reman. Alertamos que a venda da única refinaria do Norte daria ao seu novo dono o monopólio regional de abastecimento de combustível e caminho livre para elevação dos preços.
Infelizmente, essa é a realidade da privatização. E quem mais perde com isso é a população. O povo baiano já sente na pele o alto custo desse processo. E agora, com a Reman privatizada, é a vez dos moradores da região Norte pagarem preços aviltantes pelos derivados e gás de cozinha.
Os fatos comprovam o que dizemos há muito tempo:
Privatizar faz mal ao Brasil!