Hoje, 15 de novembro, comemoramos a Proclamação da República do Brasil, data que é mais lembrada pelo feriado nacional do que propriamente pela sua representatividade. Ausente da memória popular, a data passa de forma silenciosa para grande parte da população brasileira.
Foi há 133 anos, no dia 15 de novembro de 1889, no Rio de Janeiro, que se deu a Proclamação da República. O movimento, liderado por militares e com apoio de civis, derrubou a monarquia, que se mantinha no trono brasileiro há 67 anos, e instaurou o governo republicano presidencialista.
O acontecimento trouxe mudanças significativas para nosso país, como a implantação do Estado laico e o estabelecimento do regime presidencialista. O marechal Deodoro da Fonseca, que comandou as tropas do exército contra a realeza, foi o primeiro presidente do Brasil.
Ao longo da nossa história, já tivemos 38 presidentes e vivemos um turbilhão de mudanças, em um vasto período de lutas política e social. Passamos por governos democráticos e autoritários. Por anos a fio, nossa democracia foi duramente nocauteada – como mais recentemente, em 2016, quando um golpe juridico e parlamentar interrompeu o ciclo que vínhamos trilhando de conquistas sociais. E com o atual governo, vimos nossa República Democrática Brasileira se esvaecer, ser afrontosamente atacada, e nosso patrimônio nacional, como a Petrobrás, ser desintegrado para servir aos interesses do mercado financeiro.
Ao contrário dos últimos anos, no entanto, esse dia 15 de novembro merece ser comemorado. Estamos às vésperas do início de um novo ciclo em nosso país, de fortalecimento da democracia e do resgate da soberania da nossa república brasileira.