Realizei, recentemente, mais um bate papo da série “Troca de Turno”. Desta vez, meus convidados foram a deputada federal Lídice da Mata (Bahia) e o senador Jean-Paul Prates (Rio de Janeiro). 

Deputada Lídice

Em nossa conversa, a Deputada Lídice falou sobre a importância de contestar a decisão inicial da Petrobrás de criar dificuldades, passando adiante as subsidiárias, sem desmembrar da matriz e sem ouvir o Parlamento Brasileiro. Dois destaques que acho importante reforçar:

 

• “A sistemática de desinvestimento vem sempre no sentido de desativar segmentos da Petrobrás, inclusive aqui na Bahia, os chamados poços maduros. Poços que são a marca da chegada da Petrobras no interior da Bahia.”

 

• “Nos governos Lula e Dilma nós tivemos a discussão sobre a venda de pequenos poços maduros, aqui no Nordeste brasileiro, na Bahia especialmente. Mas ela tinha uma função, que era estimular a participação de pequenos, de médios, até de médio para grandes empresários, que tivessem interesse de entrar na produção de petróleo com uma pequena quantidade de barris.”

 

Senador Jean Paul

 

Já o senador Jean Paul falou sobre o valor da companhia enquanto uma empresa que todo país sonha em ter uma Petrobrás. Uma empresa que do poço ao posto tem eficiência, tem competência, desenvolveu tecnologia, opera em seu mercado, e, principalmente, não tem medo de concorrer com ninguém. Alguns destaques da conversa com o senador: 

 

• “(…) Nós queremos comunicar para a sociedade que o fato da Petrobrás se transformar nessa mini empresa independente, zona sul do Brasil, empresa de boutique, um estatal que não é mais estatal, é ruim para o Brasil todo. (…) Queremos falar não apenas do ponto de vista ideológico, mas do ponto de vista que acreditamos que uma estatal de petróleo deve preencher determinadas lacunas que o mercado não preenche e desempenhar determinadas funções que são inerentes à ela, até pelo que objeto social que foi colocado em lei”.

 

• “A Petrobrás não é uma empresa qualquer que tá saindo do estado. Há uma grande perda ali. Quando uma grande empresa como uma fabricante de calçados ou uma fábrica de carro fecha, com certeza há uma grande perda para qualquer estado. Mas o caso da Petrobrás é muito mais grave porque é como se várias fábricas de diferentes coisas deixassem os estados de repente”.

 

Assista aqui:

“Troca de turno”

 

“Troca de turno” é o nome dado para diálogos da conselheira da Petrobrás representante dos trabalhadores, Rosangela Buzanelli, com toda as classes e categorias interessada em debater de forma construtiva a Petrobrás, pandemia, privatizações e o papel da companhia na retomada da economia brasileira pós-Covid. O nome foi escolhido devido ao horário coincidente com a troca de turno dos trabalhadores e trabalhadoras da companhia, que comumente recebem informes, participam de votações e outras ações de mobilização nos pátios de bases e refinarias.