Iniciamos a semana com duas excelentes notícias sobre a Petrobrás. A primeira delas é o anúncio de rescisão do contrato de venda da Lubnor (Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste), no Ceará. E a segunda é o pedido encaminhado ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para renegociação dos TCCs (Termos de Compromisso de Cessação) do refino e do gás natural, assinados em 2019. São medidas necessárias e esperadas diante do novo cenário político brasileiro. Mas a atual gestão da Petrobrás e o novo governo precisam ir além e rever todas as privatizações indefensáveis dos últimos sete anos.
Biorrefino: um olhar mais profundo e crítico sobre o tema
A Petrobrás anunciou que alcançou um marco histórico: pela primeira vez, conseguiu processar óleo de soja em uma unidade de refino industrial. A tecnologia foi desenvolvida pelo Cenpes e, segundo a companhia, “permite transformar matérias-primas renováveis em produtos petroquímicos integralmente renováveis.” O feito inédito foi bastante comemorado pela gestão da empresa, que tem como uma de suas prioridades a transição energética. Mas será que o refino do óleo de soja é uma decisão coerente em busca da sustentabilidade?
Petrobrás abre inscrições para segunda etapa do programa que contempla investimentos em projetos sociais e ambientais
Nesta terça-feira (7), a Petrobrás lançou o edital da segunda etapa da seleção pública de projetos socioambientais, com investimento de R$ 220 milhões. As inscrições já estão abertas e, desta vez, são destinadas a projetos das regiões Sudeste e Centro-Oeste. O Programa Petrobras Socioambiental foi retomado no início deste ano e é uma das maiores iniciativas de investimentos sociais e ambientais da história da empresa. Nesta edição, a empresa incluiu o bioma Pantanal e passa a investir em iniciativas de conservação de todos os ecossistemas brasileiros. Uma grande notícia!
Preço do botijão de GLP da Refinaria da Amazônia é o mais caro do país
Prestes a completar um ano de privatização, em dezembro próximo, a Refinaria da Amazônia (Ream) tem hoje o botijão de gás de cozinha mais caro do Brasil. O preço é 32,5% acima do comercializado pelas outras unidades de refino privadas e 72% a mais do que o cobrado pelas refinarias estatais da Petrobrás - o PPI ainda é referência de precificação nas refinarias privadas e estatais. O gás de cozinha é uma necessidade básica da população e a privatização das refinarias trouxe, como prevíamos, o abuso dos monopólios privados, espoliando a população sem escrúpulos e sem regulação e fiscalização.