A Petrobrás e o avanço da covid-19

Hoje, 28 de abril, é celebrado o Dia Mundial da Segurança e da Saúde no Trabalho. Nesse mesmo dia, em 1969, houve uma explosão em uma mina nos Estados Unidos que matou 78 operários. A data tornou-se um marco histórico da classe trabalhadora e foi incorporada à luta de diversas categorias. Em 2003, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) passou a registrar o dia 28 de abril em seu calendário. No Brasil, em 2005, a data foi instituída como o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.


Não podemos deixar de falar da realidade no Sistema Petrobrás nesse dia tão significativo. E, atualmente, o que mais preocupa e chama a atenção é a pandemia. A situação no Brasil e na Petrobrás é alarmante. De acordo com dados oficiais do Ministério de Minas e Energia (MME), divulgados nesta segunda-feira (26/04), mais de 6,4 mil petroleiros já foram contaminados pela covid-19, sendo que já perdemos 26 companheiros. Esse número de infectados representa 13% do quadro total de trabalhadores da companhia.

É necessário considerarmos que esse número, apesar de assustador, não reflete a realidade na Petrobrás. Os informes semanais de monitoramento da covid do Ministério só contabilizam os trabalhadores próprios. Em artigo publicado ontem (27/04), no site Brasil 247, o coordenador da FUP, Deyvid Bacelar, informa que para cada trabalhador próprio contaminado existem dois terceirizados infectados. (Acesse o artigo completo: https://www.brasil247.com/blog/covid-19-tambem-e-doenca-do-trabalho)

Nesse dia tão importante, queremos pedir à alta gestão da Petrobrás um diálogo verdadeiro com os trabalhadores e suas representações para a busca de ações efetivas que protejam a segurança e saúde dos trabalhadores próprios e também dos terceirizados, que são os mais vulneráveis. Zelar pela segurança e saúde do trabalhador, mais do que um excelente investimento, é salvar vidas!