A poucos dias do fim deste governo, gestão da Petrobrás conclui venda da Reman

Nesta quarta-feira (30/11), a gestão da Petrobrás anunciou o fechamento da negociação da venda da Refinaria de Manaus, a Reman, e sua logística associada para a empresa Ream Participações S. A., do Grupo Atem. Uma notícia muito triste para a categoria petroleira, para brasileiras e brasileiros, para a Petrobrás, o estado do Amazonas e o Brasil.
A Reman, atualmente, é responsável pelo abastecimento da região Norte, produzindo principalmente GLP, nafta petroquímica, gasolina, querosene de aviação, óleo diesel, óleos combustíveis, óleo leve para turbina elétrica, óleo para geração de energia e asfalto.

É importante destacar que essa venda, como tantas outras, não contou com o apoio da absoluta maioria das trabalhadoras e trabalhadores da Petrobrás, seja individualmente ou coletivamente, através das suas entidades representativas, sindicatos, federações, associações, etc. E nem com aprovação da representante da categoria eleita no CA.
Lutamos e questionamos em todos os fóruns possíveis. E assim continuaremos a fazer até que todas as possibilidades se esgotem. A privatização da Reman significa a criação de um monopólio privado na região mais carente de infraestrutura logística do país. Significa entregar ao setor privado a responsabilidade de abastecer a população. E, lamentavelmente, sabemos o que acontecerá com essa população cujo abastecimento estará nas mãos daqueles que visam e precisam do lucro para subsistir, especialmente considerando os altos custos logísticos da distribuição na vasta, ambientalmente sensível e desassistida região.

A negociação se encerrou ontem, mas não a nossa disposição de luta para defender o que consideramos correto e legítimo.
#PETROBRÁSFICA