CA da Petrobrás é renovado, com a eleição de seis novos membros

Tivemos na tarde de ontem (27) a Assembleia Geral Ordinária (AGO) dos acionistas da Petrobrás e a eleição dos novos membros do Conselho de Administração da companhia. Foram escolhidos oito conselheiros, pelo processo de voto múltiplo, sendo seis indicados pela União e dois pelos acionistas privados.


Foram aprovadas as indicações de Bruno Moretti, Efrain Pereira da Cruz, Jean Paul Terra Prates, José João Abdalla Filho, Marcelo Gasparino da Silva, Pietro Adamo Sampaio Mendes, também eleito presidente do Conselho, Sergio Machado Rezende e Vitor Eduardo de Almeida Sabac.

A assembleia elegeu ainda cinco membros e seus suplentes para o Conselho Fiscal: três titulares e mais três suplentes representando a União, um titular e um suplente escolhidos pelos acionistas minoritários detentores de ações ordinárias e um titular e um suplente indicados pelos acionistas detentores de ações preferenciais.

Em comunicado ao mercado, a Petrobrás informou que foi aprovado o Relatório da Administração e das Demonstrações Financeiras da companhia, acompanhadas do relatório dos auditores independentes e do Parecer do Conselho Fiscal referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2022.

A AGO também aprovou a remuneração aos acionistas relativa ao Exercício Social de 2022, no valor de R$ 17,06202044 por ação (ordinária ou preferencial) em circulação. Esse valor inclui os pagamentos realizados ao longo de 2022 e o dividendo complementar que será pago a partir do dia 19 de maio de 2023, ou seja, infelizmente, sem a criação do fundo de reserva proposto pelo CA para incrementar os investimentos da companhia.

Com relação à remuneração global dos administradores, referente ao período de abril deste ano a março de 2024, a AGO acatou a proposta da SEST (Secretaria de Coordenação das Estatais) de um valor global de até R$ 44,98 milhões, o que representa um reajuste de 9%. A SEST optou por um índice que ficou entre o IPCA acumulado de 12 meses (5,79%) e de 24 meses (16,43%).

Como conselheira representante dos trabalhadores, espero que a renovação do CA se traduza em mudanças estruturais, de visão estratégica da companhia e em ações concretas que visem a reconstrução da Petrobrás para resgate seu DNA original de grande estatal de energia a serviço do Brasil e dos brasileiros.