Fique atento: seu candidato ou candidata defende interesses públicos ou privados?

A polêmica das eleições americanas envolvendo os votos enviados via Serviço Postal dos Estados Unidos (USPS), que Trump insiste em questionar para não admitir a derrota, traz à tona a discussão sobre a importância estratégica dos serviços postais e, por que não dizer, das empresas públicas e estatais.

Assim como nos Estados Unidos, nossos Correios são empresa pública, a maior empresa de logística do país, que presta estratégicos e relevantes serviços aos cidadãos brasileiros.
Estão entre os serviços dos Correios toda a estrutura logística das eleições brasileiras, a distribuição e recolhimento das provas do ENEM, de materiais didáticos e, através de convênios com diversas prefeituras, a distribuição de remédios.

Os serviços dos Correios ajudam a garantir o direito ao voto de todos cidadãs e cidadãos brasileiros e o acesso à educação, do básico ao universitário.

Não bastasse tudo isso, compare o preço do envio de uma encomenda pelos Correios e por serviços privados.

A privatização dos Correios é uma das principais agendas do atual governo, que aprofunda a precarização dos direitos trabalhistas e o sucateamento da empresa para justificar a venda e, não se engane, nossa Petrobrás está oficialmente fora da agenda privatista, mas, de fato, está sendo privatizada aos pedaços.

O SUS recentemente foi ameaçado, em plena pandemia e, fazendo um fácil e rápido exercício, imagine o que seria dos brasileiros sem o SUS neste momento.

Podemos e devemos aprender a lição sobre o valor das empresas públicas e estatais, patrimônios públicos, principalmente em época de eleições. Então, fique atento: seu candidato ou candidata defende interesses públicos ou privados?