O Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (SindipetroMG) denunciou o rompimento de uma bomba de óleo diesel da BR Distribuidora em Betim no dia 19 de dezembro, quando cerca de 100 mil litros de diesel teriam vazado, conforme avaliação do sindicato.

Ainda de acordo com o SindipetroMG, o óleo vazado atingiu o Córrego Pintados, contaminando o curso d’água que percorre a área da Refinaria Gabriel Passos (Regap) até a Lagoa de Ibirité — Lagoa da Petrobrás — com risco de atingir o Rio Paraopeba. Mais um acidente de processo que acarreta em um acidente ambiental de proporções ainda desconhecidas.

A Petrobrás vendeu o controle da BR Distribuidora há pouco mais de 16 meses e esse ano o CA autorizou a venda do restante de suas ações (37,5%).

Equipes da Companhia que atuam no setor de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) da Regap têm atuado na região de forma a conter este grave acidente ambiental. Mas trabalhadores têm reclamado da ausência de uma atuação coordenada junto à nova acionista da BR Distribuidora diante da emergência.

A Petrobrás confirmou o vazamento, mas não estimou a quantidade de óleo liberada. O mesmo fez a BR Distribuidora, que afirmou que o “produto foi contido e recolhido, e será reprocessado”, sem precisar a dimensão do vazamento e seu alcance, ou mesmo as medidas tomadas.
Alguns fatos são intrigantes nesse episódio: não há cobertura de imprensa à altura do acidente ambiental; não encontramos informações a menos das fornecidas pelo sindicato; não há nenhum pronunciamento público na imprensa, por parte da BR Distribuidora, sobre a estimativa do volume vazado e se foi de fato contido para que não atinja o rio Paraopeba.
A sociedade exige mais transparência e agilidade em casos como esse. Que o silêncio e a omissão são prevaleçam.