Hoje é Dia da Amazônia e de comemorar a decisão da Petrobrás de não vender Urucu e outros três ativos

Celebramos hoje, 5 de setembro, o Dia da Amazônia. E aproveito essa data, que é tão importante para a conscientização de quanto a maior floresta tropical do mundo precisa ser protegida e preservada, para compartilhar uma grande notícia e que merece ser comemorada.


Ontem (04), a Petrobrás anunciou que não vai mais vender o Polo Urucu, na Bacia de Solimões, no Amazonas. Essa é a decisão correta! Esse polo tem uma simbologia enorme para a companhia, não apenas por representar o pioneirismo da empresa na exploração da região amazônica, mas também por demonstrar que é possível fazê-lo com total respeito ao meio ambiente.
Urucu foi descoberto em 1986 e a Petrobrás enfrentou os gigantescos desafios tecnológicos e logísticos, assim como socioambientais. Mas só uma empresa como a Petrobrás, com o DNA de estatal e compromisso com o Brasil, poderia superá-los.
Urucu é hoje uma das principais províncias de produção de gás e óleo em terra, no Brasil. Seu óleo é de alta qualidade, sendo o mais leve dentre os processados nas refinarias nacionais.
Além de Urucu, a Petrobrás também decidiu não mais vender o Polo Bahia Terra, conjunto de campos terrestres de óleo e gás que estavam em processo de negociação, o campo offshore de gás natural de Manati (BA) e a Petrobrás Operaciones S.A. (subsidiária da companhia na Argentina).
Todos esses ativos são da área de exploração e produção (E&P) e a decisão de não vendê-los é o mínimo que todos esperávamos da nova gestão da companhia. Basta de privatizações de ativos importantes para a Petrobrás e o Brasil.
Com relação à continuidade das vendas das participações societárias em três ativos do gás e energia (G&E) – UTE Termocabo (20%), UTE Suape II (20%) ambas movidas a óleo combustível, e a UEG Araucária (18,8%) -, me pergunto se seria a decisão mais acertada de fato.
A reconstrução da Petrobrás passa não apenas pela interrupção das privatizações, mas também pela retomada do que foi privatizado.