Média de investimentos da Petrobrás com Bolsonaro é a pior de quase duas décadas

A Petrobrás “diminuiu de tamanho” e perdeu peso econômico nos últimos anos. Essa é uma das conclusões que foram apresentadas à imprensa pelo Grupo de Trabalho de Minas e Energia da equipe de transição do novo governo. E é um fato!


Um estudo feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos) mostra que entre 2019 e 2021, a média de investimentos da Petrobrás foi de US$ 9,2 bilhões, o pior índice dos últimos 19 anos. De 2003 a 2010, na gestão Lula, os investimentos giraram em torno de US$ 21,2 bilhões; no governo Dilma (2011-2015), a soma média foi de US$ 38,9 bilhões e nos três anos com Temer (2016-2018), já com uma queda acentuada, foram investidos US$ 14,5 bilhões.

O levantamento traz ainda um comparativo dos investimentos realizados pela Petrobrás e a Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos) do Brasil, divulgados pelo IBGE. Mais uma vez, a pior marca, com média de 3,5%, é do governo Bolsonaro. Logo em seguida, aparecem Temer (5,1%), Dilma (8,1%) e Lula (8,3%).

Com relação aos investimentos na área de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento, de acordo com o estudo, o atual governo tem o pior desempenho: média de US$ 495 milhões, contra US$ 579 milhões da gestão Temer, US$ 1 bilhão no governo Dilma e US$ 634 milhões no período Lula.

No levantamento referente a investimentos da Petrobrás nos setores socioambiental, cultural e esportivo, o maior patamar ocorreu no governo Dilma, com média de R$ 598 milhões; seguida por Lula, com R$ 434,8 milhões. Com Temer, os investimentos nessas áreas caíram para menos da metade, R$ 196 milhões. E a queda se acentuou ainda mais nos últimos três anos, com média de investimentos na ordem de R$ 154 milhões.
Desde o início do nosso mandato como conselheira tenho alertado sobre o apequenamento da Petrobrás, que foi ainda mais contundente neste governo. A empresa vem sendo desverticalizada, desintegrada e apequenada, tratada como se privada fosse. Só que a companhia não foi criada para servir ao mercado financeiro ou a interesses internacionais. A estatal nasceu para beneficiar o seu país, a sua nação. E é assim que ela deve voltar a ser, porque a Petrobrás é do povo brasileiro.