Petrobrás recebe licença ambiental para perfurar dois poços na Bacia Potiguar, que compõe a Margem Equatorial

A Petrobrás recebeu o primeiro sinal verde do Ibama para iniciar a exploração marítima em águas profundas da Margem Equatorial brasileira. Na última sexta-feira, o Ministério de Minas e Energia informou que foi concedida licença ambiental para a companhia perfurar duas áreas na Bacia Potiguar. Essa seria a região mais conhecida da Margem Equatorial, que tem o maior número de estudos, além da experiência operacional da Petrobrás.


A licença só foi emitida depois que o Ibama se certificou sobre a eficiência dos procedimentos de combate e remediação por parte da Petrobrás, a partir de uma simulação técnica e operacional. Foi realizada, recentemente, uma Avaliação Pré-Operacional (APO) na bacia. A força-tarefa, segundo contou o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, envolveu mais de 1 mil pessoas, entre trabalhadores próprios, terceirizados e frentes de atuação local.
Após a atividade bem-sucedida, com resultados que comprovaram o comprometimento, a capacidade técnica e a responsabilidade social e ambiental da Petrobrás e toda sua equipe, foi autorizada a perfuração dos blocos BM-POT-17 e POT-M-762. Ambos foram arrematados pela companhia em leilão da ANP de 2015 e 2018, respectivamente. A Bacia Potiguar é uma das cinco que formam a Margem Equatorial, região com mais de 2,2 mil km de litoral entre os estados do Amapá e o Rio Grande do Norte, que é a nova fronteira exploratória, considerada como uma das áreas petrolíferas mais promissoras do país.
A obtenção dessa primeira licença ambiental trouxe otimismo à diretoria da Petrobrás. E já há a expectativa de sair nos próximos dias mais uma autorização para exploração na Bacia Potiguar, dessa vez para perfuração do poço Pitu Oeste. Mas a prioridade da companhia continua sendo conseguir a licença para atuar na Bacia da Foz do Amazonas, onde há projeções de serem descobertas reservas gigantescas, a exemplo do que aconteceu com os países vizinhos do Suriname e da Guiana, que já encontraram mais de 11 bilhões de barris de petróleo.
Tenho plena confiança de que a licença para a perfuração na Bacia da Foz do Amazonas, na costa do Amapá, será também liberada, atendidas as condicionantes e considerada a inquestionável capacidade técnica e responsabilidade socioambiental da Petrobrás.