Privatizada, antiga RLAM tem gasolina e diesel mais caros do Brasil

A venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), que agora é chamada de Refinaria Mataripe, é a prova de que a privatização não abaixa os preços e, definitivamente, não traz benefícios à população. A refinaria baiana está sob o controle da iniciativa privada há menos de dois meses e, apesar do pouquíssimo tempo, já detém um triste recorde: a gasolina e o diesel mais caros do Brasil, em comparação com as 12 refinarias da Petrobrás.
Logo após assumir a gestão da antiga RLAM, a Acelen, holding do fundo de investimento árabe Mubadala, anunciou que teria uma política de preços independente, que não seguiria o modelo praticado pela Petrobrás. E uma de suas primeiras decisões foi não baixar o preço da gasolina em 3%, no mês de dezembro, como fez a estatal em suas refinarias.

Pouco depois, em janeiro, enquanto a Petrobrás anunciava o primeiro reajuste do ano, a Acelen já tinha aumentado três vezes o preço dos combustíveis.
Infelizmente, esse cenário corre o risco de ficar ainda pior. Hoje, a Acelen tem praticamente um monopólio no abastecimento de combustível nos estados da Bahia e de Sergipe. Isso dá à empresa a oportunidade de pôr em prática – o que já vem fazendo – uma política de preços ainda mais cruel para o povo brasileiro. E isso foi identificado e apontado por estudos da PUC-Rio e mais, alertado por todas as entidades representativas dos petroleiros, sindicatos, federações e associações. Mas foi solenemente ignorado pelos órgãos federais, que deveriam proteger a sociedade brasileira e o consumidor.

O plano da gestão da Petrobrás é privatizar um total de nove refinarias. Não podemos permitir!
Não às privatizações, não ao PPI (Preço de Paridade de Importação).
Nossa luta não pode parar!
#PRIVATIZAR FAZ MAL AO BRASIL