Qual o papel social das estatais em situações como a do Amapa?

O que tem acontecido no Amapá é desumano, inadmissível. Famílias sem água potável, filas em postos de gasolina e alimentos estragando enquanto pessoas passam fome. Após o comprometimento de três transformadores de uma subestação que distribui energia para o estado, quase 90% da população, cerca de 700 mil pessoas em 13, dos 16 municípios, ficaram sem energia elétrica. A queda de energia afetou também o sistema hidráulico do estado, houve falta de água encanada, água mineral e gelo. Sem energia, internet e serviços de telefonia também foram atingidos — a maioria parou de funcionar.

A empresa responsável é a espanhola Isolux que, de acordo com o diretor do Sindicato dos Urbanitários do Maranhão (STIU/MA), Wellington Diniz, tem histórico de maus serviços prestados em outros países e não tem capacidade técnica, nem trabalhadores em número suficiente para manutenção, nem para recompor a energia em pouco espaço de tempo, por isso os técnicos da Eletrobras foram chamados para prestar socorro.

As investigações seguem e há suspeitas de negligência da empresa e, consequentemente da fiscalização da agência reguladora, enquanto isso, o povo amapaense ainda sofre sem perspectivas reais de normalização dos serviços. 

A Eletrobrás está na prioridade das privatizações do atual governo junto com os Correios, o que, certamente, como já amplamente demonstrado no país, causará o aumento das tarifas e a piora dos serviços. Já na nossa Petrobrás, a “gestão de portifólio” tem promovido a privatização aos pedaços.

As empresas estatais e públicas têm um forte e importante papel social e de garantia da soberania nacional, pois seu compromisso principal deve ser com a nação e população brasileira. 

Nessas eleições, verifique se seus candidatos/as defendem as privatizações ou as empresas públicas e estatais.