O Conselho de Administração da Petrobrás realizou reunião extraordinária na manhã desta quarta-feira (15) para apreciar o encerramento antecipado do mandato do presidente da companhia Jean Paul Prates. O colegiado aprovou a saída do executivo da empresa que, posteriormente, renunciou ao mandato de conselheiro. A diretora de Assuntos Corporativos, Clarice Coppetti, assume interinamente a presidência da Petrobrás. Ela permanece no cargo até a eleição e posse da nova presidente, que se dará pelo CA e será ratificada na primeira assembleia geral dos acionistas que ocorrer.
Ano: <span>2024</span>
Programa debate retomada das fábricas de fertilizantes: um ensaio que não sai do papel
“Petrobrás ensaia retomada de fábricas de fertilizantes”. Esse foi o tema do programa Da Prática Política, transmitido pelo YouTube e redes sociais, que participei na noite de segunda-feira (6). Na conversa com o jornalista Claudio Porto, falei especialmente sobre a situação das fábricas de fertilizantes nitrogenados (fafens) no país e a lentidão do processo para que essas unidades voltem a operar. Outra questão que voltei a enfatizar, porque me preocupa por demais, é essa vocação da atual gestão para as parcerias, compartilhando o conhecimento, maior bem intangível da nossa empresa e tão cobiçado pelas nossas concorrentes, reduzindo nosso diferencial competitivo em muitas áreas estratégicas.
Após visita de “inspeção técnica” na fábrica de fertilizantes, em Três Lagoas, presidente anuncia nada de novo
Na sexta-feira (26), o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates esteve em Três Lagoas (MS), realizando, segundo comunicado da companhia, uma “inspeção” na Unidade de Fertilizantes Nitrogenados 3 (UFN ou Fafen-3). A “visita técnica” seria para avaliar as condições econômicas e ambientais da estrutura e o primeiro passo rumo à retomada das obras de construção. O fato é que tanto a visita quanto a nota da companhia não trazem nenhuma novidade. A situação é a mesma anunciada há meses: a Fafen Três Lagoas encontra-se em fase de estudos de viabilidade técnica e econômica, sem data efetiva para o início da licitação para a finalização do empreendimento. O que é lamentável!
AGO elege conselheiros e aprova pagamento de 50% dos dividendos extraordinários
Na tarde de ontem (25) foi realizada a Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Petrobrás, onde foi aprovado o pagamento de 50% dos dividendos extraordinários aos acionistas. Em março, o CA havia reprovado, por maioria, a distribuição da remuneração, destinando-a para o fundo de reserva, decisão que foi mantida na reunião de abril, ao contrário do alardeado pela grande mídia. A assembleia também definiu, em eleição, os conselheiros indicados pela União e pelos acionistas privados para o Conselho Fiscal e o Conselho de Administração da companhia. O atual presidente do CA, Pietro Adamo Sampaio Mendes, foi reconduzido ao cargo.
CA mantém decisão de março sobre dividendos extraordinários, mas sinaliza viabilidade para decisão divergente na AGO
Vários veículos de imprensa noticiaram que o CA mudou a decisão tomada em março e aprovou o pagamento de 50% dos dividendos extraordinários da Petrobrás em reunião nessa última sexta-feira (19), e isso não é verdade. A decisão tomada em março, de reter 100% dos extraordinários para a reserva de remuneração de capital, foi mantida. A informação, inclusive, é explícita no último parágrafo do comunicado que a companhia divulgou ao mercado, na noite de sexta-feira: “a presente manifestação não caracteriza mudança da proposta da administração divulgada em 07/03/2024, que permanece válida e vigente.”
Coincidências e contrastes envolvendo anúncios da companhia sobre Ansa e campos de Cherne e Bagre
A Petrobrás divulgou dois comunicados na noite da quarta-feira (17) sobre dois ativos hibernados, cujos destinos são antagônicos. A coincidência da data dos anúncios é realmente interessante, uma vez que a notícia "positiva" ofuscou a negativa, afinal estamos em tempos de otimismo, não é mesmo? A companhia informou que foram aprovados o “início da reativação de fábrica de fertilizantes em Araucária (PR)” e a privatização dos campos de Cherne e Bagre. Os dois ativos são simbólicos para a categoria petroleira.
Decisão judicial suspende liminar que determinou afastamento de dois conselheiros da Petrobrás
Por decisão judicial, o presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, Pietro Adamo Sampaio Mendes, e o conselheiro Sérgio Machado Rezende foram reconduzidos aos seus cargos no colegiado. A companhia confirmou na manhã desta terça-feira (16) a queda da liminar que suspendia Rezende e no período da noite do mesmo dia, em documento encaminhado ao mercado, informou sobre a decisão, em 2ª instância, permitindo o regresso de Pietro ao CA. Essa notícia nos traz um grande alívio, pois restabelece as duas cadeiras do governo federal, que é o sócio controlador da Petrobrás.
Justiça acolhe ação popular de deputado do Partido Novo/SP e suspende dois conselheiros da União
A Justiça Federal de São Paulo determinou ontem (11) a suspensão do mandato do presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, Pietro Sampaio Mendes, alegando “conflito de interesses”. Na sexta-feira passada, o conselheiro Sérgio Machado Rezende já havia sido afastado do cargo, também por decisão judicial. Ou seja, em menos de uma semana tivemos dois conselheiros atacados e afastados injustificavelmente, o que é lamentável. Qual é o objetivo de tais decisões, além de gerar uma crise no segundo maior fórum decisório da companhia: forçar artificialmente a redução do número de conselheiros da União?
Petrobrás não tem responsabilidade na contaminação por tolueno, que deixou cinco cidades do Rio sem água
A contaminação por tolueno da bacia do Rio Guapiaçu, em Guapimirim, na Baixada Fluminense, na semana passada, levantou dúvidas e suspeitas sobre quem seriam os culpados pela poluição. Houve, inclusive, quem acusasse a Petrobrás. As investigações continuam e a companhia esclareceu rapidamente que não tem responsabilidade sobre o ocorrido. Em comunicado à imprensa, informou que não há produção e nem circulação de tolueno em seus processos e instalações no estado do Rio de Janeiro.
Importadores de combustíveis recorrem mais uma vez ao Cade para tentar impor restrições à Petrobrás
A Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) insiste na tentativa de impor restrições à Petrobrás, o que é um verdadeiro absurdo. Nesta segunda-feira, a entidade enviou uma petição ao Cade, sugerindo “remédios” que garantam condições igualitárias de competição no mercado de diesel e gasolina. O grande receio dos importadores é que com a revisão do TCC do Refino e o fim do plano de desinvestimento pelo governo atual, a Petrobrás mantenha a posição dominante no setor de refino. O fato é que a Abicom não aceita que a Petrobrás é verticalizada e, por conta disso, a companhia tem condições de ser mais competitiva no mercado.