Está marcada para o dia 7 de outubro a 17ª rodada de licitações de blocos para exploração e produção de petróleo e gás natural. De acordo com a ANP, o leilão terá a participação de nove empresas, sendo uma delas a Petrobrás, e vai ofertar 92 blocos exploratórios marítimos nas bacias de Campos, Santos, Pelotas e Potiguar.
A presença da Petrobrás nesse leilão não é vista com bons olhos por muitos ambientalistas, que denunciam a fragilidade ambiental das áreas em oferta.
Segundo reportagem da Forbes, no dia 26 de agosto, a Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) chegou a encaminhar um requerimento ao presidente da companhia, Joaquim Silva e Luna, e ao presidente do Conselho de Administração, Eduardo Bacellar Leal Ferreira, pedindo à empresa que desista de participar da 17ª rodada.
A Anapetro alega que os blocos que vão a leilão ficam próximos a reservas naturais estratégicas para a manutenção do meio ambiente equilibrado, como Abrolhos, Atol das Rocas e a Ilha de Fernando de Noronha. E essas áreas abrigam 89 espécies ameaçadas, de acordo com informações técnicas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). Na eventualidade de um vazamento de óleo nessas bacias, justificam os ambientalistas, o ecossistema nunca mais poderá ser recuperado na região.
O presidente da Anapetro, Mario Dal Zot, que também é diretor de Assuntos Jurídicos e Institucionais da FUP, disse à imprensa que setores organizados da sociedade entrarão com ação judicial, a exemplo do que ocorreu em 2013, na 12ª rodada. Na época, dezenas de blocos foram excluídos do processo licitatório, em função de questões ambientais. Ele afirmou ainda que já foram encaminhadas à Justiça várias ações e iniciativas contra a realização da 17ª rodada.