Na última reunião do Conselho de Administração, em 29 de junho, aprovamos, por unanimidade, a retomada da construção do trem 2 da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, que estava parada desde 2015. A decisão da Petrobrás de dar continuidade a essa obra é formidável e, além de ampliar a oferta de derivados, trará um grande impulso à indústria de óleo e gás e à economia regional e nacional. Faz oito anos que a Rnest está com suas obras paradas. Quanto a Petrobrás e o Brasil perderam com essa paralisação? Esta pergunta precisa de resposta.
Ano: <span>2023</span>
Cade autoriza vendas sistemáticas de ativos da Petrobrás, que não aumentam a concorrência e sim os preços para o consumidor
Na semana passada, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, com restrições, a venda da Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor). Em junho de 2022, permitiu a venda do controle da Gaspetro para a Compass, do grupo Cosan, com uma ressalva. Dois meses depois, foi favorável, com restrições, à venda da Refinaria Isaac Sabbá, a Reman. Essas aprovações têm como consequência prática o favorecimento do setor privado em detrimento da sociedade brasileira, que em todos esses casos de privatização paga mais caro pelos derivados. O Cade simplesmente tem contribuído com a constituição do monopólio privado e sistematizado a aplicação de “remédios comportamentais” como forma de justificar a privatização da Petrobrás.
Após quase nove anos parada, construção da UFN3 pode ser retomada em breve pela Petrobrás
Com as obras paradas desde dezembro de 2014, a construção da UFN3, a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados de Três Lagoas (MS), finalmente está perto de ser retomada. Segundo noticiou a imprensa, o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates sinalizou em encontro com autoridades, na semana passada, a intenção de concluir o empreendimento, que já tem mais de 80% das obras acabadas. A notícia é extraordinária! A retomada da construção das fábricas planejadas e/ou inacabadas e a reativação e modernização das demais unidades da Petrobrás reduzirão significativamente nossa dependência da importação dos fertilizantes nitrogenados.
Com picos de carga de até 99%, refinarias da Petrobrás batem recorde de processamento operacional no mês de maio
As refinarias da Petrobrás bateram recorde de processamento no mês de maio. O fator de utilização (fut) das unidades de refino alcançou 95% e chegou a ter picos de 99%, praticamente carga total. Isso não acontecia desde julho de 2015. Há anos as refinarias da Petrobrás vinham trabalhando com carga reduzida, chegando a operar com médias de 75% de capacidade. Essa condição, que induziu o parque de refino da empresa a trabalhar com ociosidade, associada ao PPI, tinha o objetivo de justificar e viabilizar as privatizações. A nova gestão da Petrobrás trouxe uma nova visão estratégica, decidiu reverter o plano de desinvestimento e lançou um olhar mais cuidadoso para o refino.
Venda do Polo Potiguar é concluída e representa saída total da Petrobrás do estado norte-rio-grandense
O Polo Potiguar, infelizmente, não é mais da Petrobrás. O processo de compra, assinado ano passado pelo governo Bolsonaro, foi encerrado nesta quarta-feira (7), após autorização da ANP de transferência de 100% da participação da estatal no polo para a 3R Potiguar. Só temos que lamentar mais esse triste episódio, que representa a saída da Petrobrás do estado do Rio Grande do Norte. Essa venda é uma perda lastimável para a companhia e, principalmente, para a população da região que já começou a sofrer os efeitos da privatização, com o aumento do preço dos combustíveis e a demissão de milhares de trabalhadores.
Em julgamento nesta quarta-feira, Cade decide se manterá venda da Lubnor
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) reavalia hoje (7) a venda da Lubnor (Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste), a refinaria da Petrobrás no Ceará, e decide se manterá, ou não, o processo de aquisição. Nós defendemos que a venda seja cancelada. Por inúmeros motivos, eu votei contra a assinatura do contrato de compra e venda, há pouco mais de um ano. A revisão da venda da Lubnor pelo Cade é importantíssima nesse novo cenário político brasileiro. Para além disso, reforço mais uma vez que é essencial rever todas as privatizações indefensáveis realizadas nos últimos sete anos.
Com meu voto favorável, o Conselho de Administração da Petrobrás aprova diretrizes para o “PE 2024-2028”
Na reunião do CA desta quarta-feira (31), aprovamos os elementos estratégicos para o "Plano Estratégico 2024-2028 (PE 2024-28)" e o direcionamento do Capex de baixo carbono para a faixa entre 6% e 15% nos cinco primeiros anos do novo plano. Nessa rubrica estão investimentos em descarbonização e energias renováveis.
Eu votei favorável à pauta porque, a meu ver, ela representa um grande avanço para o futuro sustentável da companhia, resgata grande parte da missão original da Petrobrás e reafirma o respeito e valorização dos trabalhadores.
Há dois anos afastada da distribuição de combustíveis, Petrobrás pode retomar operação no setor
Por muitos anos, a Petrobrás teve uma atuação forte e marcante na distribuição de combustíveis no país, mas foi completamente afastada desse negócio em 2021, com a conclusão da venda da BR Distribuidora. A boa notícia é que a estatal pode voltar a operar nesse importante setor, possibilidade admitida recentemente pelo próprio presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates. Retomar a distribuição é um ótimo negócio para a Petrobrás e os brasileiros. Mas defendo que é preciso ir além e rever todas as privatizações ocorridas nos últimos sete anos.
Bacia da Foz do Amazonas: muita desinformação, desvio de foco e utilização política de um tema importantíssimo para o país
Um dos assuntos relacionados à Petrobrás mais comentados pela imprensa nos últimos dias é a exploração de petróleo na Margem Equatorial brasileira, região considerada como uma fronteira petrolífera promissora. Infelizmente, há muita desinformação sobre o tema, que ganhou ainda mais repercussão depois que o presidente do Ibama negou a licença ambiental para a perfuração de um poço exploratório na "Foz do Amazonas". Há muita exploração política do assunto e tentativas de colocar em xeque o presidente da Petrobrás e o presidente Lula e seus compromissos com a transição energética e o meio ambiente. Conhecendo o corpo técnico da companhia e como parte dele, tenho plena confiança de que não há melhor empresa para essa missão do que a nossa Petrobrás
Diretoria e CA afinados com nova visão estratégica viabilizam mudanças na Petrobrás e fim do PPI
Na quinta-feira, 11 de maio, tivemos a primeira reunião do Conselho de Administração da Petrobrás com a participação de todos os seis novos representantes da União - incluindo o presidente Jean Paul Prates – e, na minha opinião, foi muito positiva. A sinalização de que a visão estratégica do novo governo para a maior estatal do país assumiu as cadeiras da União no Conselho ficou absolutamente clara para os presentes. Temos, finalmente, diretoria executiva e maioria do conselho alinhadas. E como resultado desse novo direcionamento, na manhã de hoje (16) a Petrobrás anunciou o fim do PPI (Preço de Paridade de Importação) e o “abrasileiramento” dos preços dos combustíveis.