Nesta terça-feira (11), a Petrobrás comunicou a suspensão da prestação de serviços na Unidade de Industrialização de Xisto (SIX), em São Mateus do Sul, no Paraná. O motivo alegado pela estatal é que a empresa canadense Forbes & Manhattan não cumpriu o contrato de transição previsto no processo de privatização da refinaria e deixou de pagar cerca de R$ 140 milhões. A venda da Six foi concluída em novembro de 2022 e, desde então, a Petrobrás tem dado suporte administrativo e apoio técnico às operações. O calote é um escândalo e deve ser analisado para a retomada da SIX pela Petrobrás, de onde nunca deveria ter saído.
Author: rosangela
Nomenclatura Sistema Petrobrás volta a ser usada pela estatal, após decisão do Conselho de Administração
Na sexta-feira, 7 de julho, a Petrobrás comunicou a volta da expressão Sistema Petrobras em substituição ao termo “Petrobras e suas Participações Societárias”. A proposta de mudança do nome foi levada por mim ao Conselho de Administração da companhia, votada e aprovada na reunião de 28 de junho. A aprovação dessa pauta é muito importante e simbólica para o resgate da Petrobrás que queremos.
Empresas que foram impedidas de participar de licitações da Petrobrás conseguem, após longo trabalho, recuperar a habilitação para disputar obras da estatal
Depois de quase nove anos proibidas de fazer negócios com a Petrobrás, as empreiteiras Odebrecht, Andrade e Gutierrez e UTC estão liberadas para participar novamente de licitações na estatal. Denunciadas pela Operação Lava Jato e impedidas desde o final de 2014 de disputar obras, essas construtoras estão agora habilitadas e retornam à lista de fornecedores pré-qualificados da Petrobrás. E isso é muito positivo. Em que pese o triste fato de ter ocorrido um esquema de desvios, não se deveria penalizar as empresas, mas os agentes da corrupção, os corruptos. Mas infelizmente, a lava jato penalizou essas e outras empreiteiras, paralisou obras e contratos e destruiu mais de 4 milhões de empregos.
Abicom reclama de práticas anticoncorrenciais da Petrobrás e cobra a venda das refinarias
Depois dos donos das refinarias privadas, agora é a vez dos importadores de combustíveis reclamarem dos preços praticados pela Petrobrás. Na semana passada, a imprensa noticiou que as quedas constantes de preços promovidas pela estatal estavam se tornando um pesadelo para a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). O presidente da entidade, Sergio Araújo, chegou a pedir um posicionamento ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), alegando “práticas anticoncorrenciais”. Não, isso não é uma piada!
Reinício das obras da Rnest é importante passo para ampliação da oferta de derivados, principalmente o diesel S-10
Na última reunião do Conselho de Administração, em 29 de junho, aprovamos, por unanimidade, a retomada da construção do trem 2 da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, que estava parada desde 2015. A decisão da Petrobrás de dar continuidade a essa obra é formidável e, além de ampliar a oferta de derivados, trará um grande impulso à indústria de óleo e gás e à economia regional e nacional. Faz oito anos que a Rnest está com suas obras paradas. Quanto a Petrobrás e o Brasil perderam com essa paralisação? Esta pergunta precisa de resposta.
Cade autoriza vendas sistemáticas de ativos da Petrobrás, que não aumentam a concorrência e sim os preços para o consumidor
Na semana passada, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, com restrições, a venda da Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor). Em junho de 2022, permitiu a venda do controle da Gaspetro para a Compass, do grupo Cosan, com uma ressalva. Dois meses depois, foi favorável, com restrições, à venda da Refinaria Isaac Sabbá, a Reman. Essas aprovações têm como consequência prática o favorecimento do setor privado em detrimento da sociedade brasileira, que em todos esses casos de privatização paga mais caro pelos derivados. O Cade simplesmente tem contribuído com a constituição do monopólio privado e sistematizado a aplicação de “remédios comportamentais” como forma de justificar a privatização da Petrobrás.
Após quase nove anos parada, construção da UFN3 pode ser retomada em breve pela Petrobrás
Com as obras paradas desde dezembro de 2014, a construção da UFN3, a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados de Três Lagoas (MS), finalmente está perto de ser retomada. Segundo noticiou a imprensa, o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates sinalizou em encontro com autoridades, na semana passada, a intenção de concluir o empreendimento, que já tem mais de 80% das obras acabadas. A notícia é extraordinária! A retomada da construção das fábricas planejadas e/ou inacabadas e a reativação e modernização das demais unidades da Petrobrás reduzirão significativamente nossa dependência da importação dos fertilizantes nitrogenados.
Com picos de carga de até 99%, refinarias da Petrobrás batem recorde de processamento operacional no mês de maio
As refinarias da Petrobrás bateram recorde de processamento no mês de maio. O fator de utilização (fut) das unidades de refino alcançou 95% e chegou a ter picos de 99%, praticamente carga total. Isso não acontecia desde julho de 2015. Há anos as refinarias da Petrobrás vinham trabalhando com carga reduzida, chegando a operar com médias de 75% de capacidade. Essa condição, que induziu o parque de refino da empresa a trabalhar com ociosidade, associada ao PPI, tinha o objetivo de justificar e viabilizar as privatizações. A nova gestão da Petrobrás trouxe uma nova visão estratégica, decidiu reverter o plano de desinvestimento e lançou um olhar mais cuidadoso para o refino.
Venda do Polo Potiguar é concluída e representa saída total da Petrobrás do estado norte-rio-grandense
O Polo Potiguar, infelizmente, não é mais da Petrobrás. O processo de compra, assinado ano passado pelo governo Bolsonaro, foi encerrado nesta quarta-feira (7), após autorização da ANP de transferência de 100% da participação da estatal no polo para a 3R Potiguar. Só temos que lamentar mais esse triste episódio, que representa a saída da Petrobrás do estado do Rio Grande do Norte. Essa venda é uma perda lastimável para a companhia e, principalmente, para a população da região que já começou a sofrer os efeitos da privatização, com o aumento do preço dos combustíveis e a demissão de milhares de trabalhadores.
Em julgamento nesta quarta-feira, Cade decide se manterá venda da Lubnor
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) reavalia hoje (7) a venda da Lubnor (Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste), a refinaria da Petrobrás no Ceará, e decide se manterá, ou não, o processo de aquisição. Nós defendemos que a venda seja cancelada. Por inúmeros motivos, eu votei contra a assinatura do contrato de compra e venda, há pouco mais de um ano. A revisão da venda da Lubnor pelo Cade é importantíssima nesse novo cenário político brasileiro. Para além disso, reforço mais uma vez que é essencial rever todas as privatizações indefensáveis realizadas nos últimos sete anos.